Final de maio, dia 30 foi mais uma terça-feira que eu passava no final de tarde pelo bairro Efapi em direção à universidade. Não fosse um detalhe, essa seria uma terça-feira como as anteriores. O detalhe foi que neste em minha passagem pelo bairro, durante as paradas nos semáforos, fiquei observando alguns detalhes acerca das pessoas e veículos que circulam por ali apressadamente, enquanto o sol se esconde no horizonte.
A sexta-feira dia 14 de abril foi mais um dia comum de final de tarde. Cheguei ao Terminal Urbano de Chapecó e como de costume mais uma vez avistei vários estudantes que ali passam e chegam a todo momento vindo ou indo para a escola, para a universidade ou para suas casas. Quando eles me avistam, prontamente me cumprimentam, mesmo quando estão na plataforma do outro lado da rua.
O título da minha crônica de hoje é sugestivo e chama a atenção para a hipocrisia em que a sociedade muitas vezes enclausura os seres. Essa situação foi vivida por alguém, sabia? Sim, foi experimentada pelo Falecido Mattia Pascal, protagonista do livro de Luigi Pirandello (1867-1936), Prêmio Nobel de Literatura em 1934. O autor é considerado um dos principais nomes do teatro do século XX. Nasceu na cidade siciliana de Agrigento na Itália, de uma família burguesa.
O ano era 1875 numa pequena aldeia perto de Iásnaia Poliana na província de Tula na Rússia. Um lugar onde nada acontecia que pudesse sacudir a vida daquela gente que ali vivia. O único divertimento era se reunir na estação, e de vez em quando ver passar o trem que raramente deixava ali algum passageiro.
Radialista (locutor e repórter), Doutor em História do Tempo Presente (UDESC), Mestre em História Regional (UPF), Especialista em Educação (UNOESC), Graduado em História e em Sociologia (UNOCHAPECÓ), Graduando em pedagogia pela UFFS.