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InícioRobson Santos2023: Já dá para prever alguma coisa?

2023: Já dá para prever alguma coisa?

Ser crítico não significa ser cético, muito pelo contrário, pois segundo a filosofia, o ceticismo de Pirro é quase utópico, pois se fosse realmente levado à sua essência, todo cético deveria duvidar do próprio ceticismo.

Aliás, a criticidade me fez um pesquisador, na minha carreira acadêmica busquei aliar esse meu perfil ao fundamento científico das coisas. Inclusive, uma das provas que o ceticismo é quimérico é a própria etimologia da palavra, que vem do grego sképsis cujo significado é “pesquisa, investigação, estudo…”. Nesse caso, não basta apenas duvidar por duvidar, faz-se necessário buscar uma resposta, e, quando ela surge a dúvida deixa de existir, portanto, todo cético é finito.

Por que estou abordando isso? Justamente porque, dentro do meu senso crítico, é difícil acreditar em previsões. Inclusive, no Direito Penal, que é a minha área de atuação profissional e de pesquisas, não se admite presumir nada.

Acontece que nesta época iniciam as mais variadas previsões para o próximo ano. Dentre elas, recebi uma embasada no ano chinês, estabelecendo que 2023 será regido pelo Coelho.

Segundo essa tradição chinesa, será um ano de poucas ou raras mudanças, porém, há a previsão da vida ser mais regular e que a tranquilidade voltará pelas amizades fortalecidas. A crença ainda prevê que haverá uma aproximação das pessoas, voltando a vigorar a alegria e a harmonia social.

Confesso que é tudo que espero, precisamos realmente serenar, precisamos realmente encerrar com a intolerância e com o desrespeito, precisamos voltar à normalidade.

Meu maior desejo é que as pessoas abandonem os extremismos e voltem a respeitar as regras do jogo, as regras sociais, as normas jurídicas. Que se respeitem as instituições, acreditemos nos nossos governantes. É preciso cobrarmos sempre, mas nas trincheiras corretas, legítimas e competentes.

Que 2023 seja repleto de união, que façamos desse ano um marco da nossa evolução. Aqui também lembro da póstuma obra de Erasmo Carlos, proferindo que toda pedra no caminho podemos retirar, que se há um bem e um mal, que façamos a escolha sempre do melhor. Esse melhor, entendo, que é o respeito às diferenças, ao próximo, ao divergente, até porque a música nos ensina que é preciso saber viver.

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