Um homem, foi condenado a 20 anos, de prisão, por estupro de vulnerável. A vítima tinha oito anos na época dos fatos. O crime foi praticado por sete vezes entre os anos de 2021 e 2022 em um município no Oeste de Santa Catarina.
Conforme a denúncia, o homem se valeu da autoridade que exercia sobre a vítima, já que era companheiro da avó, e a estuprou, cometendo atos diversos da conjunção carnal. Para cometer as agressões, que ocorreram na residência da companheira, o homem se aproveitava de momentos em que a avó da criança não estava por perto.
Nas alegações finais, o Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini relatou que a criança contou sobre o crime à assistente social e à psicóloga do município, após terceiros perceberem uma mudança de comportamento da vítima. Durante o depoimento especial, que foi prestado em ambiente acolhedor e sem interferências externas, a vítima relatou a prática dos atos libidinosos contra si.
“O depoimento especial foi fundamental para se chegar à condenação do réu. Quando realizado de acordo com os trâmites legais, como neste caso, tal modalidade de depoimento dá segurança à elucidação dos fatos, ao mesmo tempo, em que preserva a criança ou o adolescente envolvido em contexto de violência, evitando sua revitimização. Trata-se de avanço legislativo que assegura direitos fundamentais e, de maneira responsável e acolhedora, robustece a investigação e fortalece a atuação do Ministério Público”, destacou.
Cabe recurso da sentença e a Justiça concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade