O casal que amarrou os braços e pés de Carlos Roberto Crivone e o jogou vivo num rio foi julgado pelo Tribunal do Júri de Chapecó. Os jurados acolheram a tese apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e os condenaram por homicídio duplamente qualificado por asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Adriano Custódio de Oliveira terá de cumprir 22 anos e oito meses de reclusão e Silvete Rosário 14 anos, ambos em regime fechado. De acordo com a denúncia, entre os dias 19 e 24 de janeiro de 2018, por volta das 10h, a vítima foi até ponto de moto táxi onde trabalhava o réu Adriano, na Rua Paulo Marquês, esquina com a Rua Porto Alegre, em Chapecó.
No momento houve uma discussão por uma dívida e os condenados investiram contra Carlos desferindo-lhe duas pauladas e, na sequência, com ele já desacordado, amarraram suas mãos e pés com fios de TV, e amordaçaram a sua boca com uma camiseta.
Com o objetivo de matar a vítima, os réus, utilizando uma camioneta, a colocaram na caçamba do veículo, enrolada numa capa de sofá. Eles foram até as proximidades da ponte do Rio Irani, na SC-283, sentido Chapecó/Seara, e jogaram Carlos no rio.
No dia 24 de janeiro de 2018, foi encontrado o cadáver da vítima flutuando rente à margem do Rio Irani. O Promotor de Justiça Marcos José Ferreira da Cruz representou o MPSC na sessão que ocorreu na última quinta-feira (18). A sentença é passível de recurso.