No último sábado (9), agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina apreenderam veneno de sapo, que era vendido como vacina em Concórdia, no Oeste de Santa Catarina. A toxina é produzida por rãs kambô (Phyllomedusa bicolor) e tem efeitos alucinógenos, que podem causar a morte.
Segundo o Ibama, povos originários da Amazônia, como os Katukinas e os Huni Kuin, usam a toxina kambô em práticas ancestrais, mas a aplicação por não indígenas representa um sério risco à saúde. O comércio ilegal também ameaça a sobrevivência da espécie, que se tornou visada por traficantes de fauna silvestre.
O principal alvo da investigação que resultou na Operação Kambô II, em Concórdia é um homem morador de Cruzeiro do Sul (AC) acusado de ofertar, obter, transportar, comercializar e tentar aplicar a substância. Essas condutas são proibidas pela legislação ambiental e puníveis com multa e apreensão.
Por esse motivo, o investigado teve suas atividades impedidas pelo Ibama. Com ele também foram encontrados objetos feitos com partes de animais silvestres, como ossos, dentes, penas e couro.