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Armação por cocaína: José Antonio Rangel matou cunhado por problemas com tráfico de drogas

Foto: Jaicieli Telles/ClicRDC

O delegado Vagner Papini, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), da Polícia Civil detalhou os homicídios de Fernando Herrmann de 30 anos e de Valencio de Camargo, de 32 anos, mortos por José Antonio Rangel, ocorridos no dia 27 de julho, em Chapecó (SC). A coletiva aconteceu nesta terça-feira (15), no auditório da Delegacia Regional de Polícia Civil.

Os crimes

Segundo Vagner Papini, os dois homicídios ocorrem no dia 27 de julho, de 2019. Fernando Herrmann que era amigo do autor foi morto por volta das 5h30, em posto de gasolina, na avenida Fernando Machado, no bairro Cristo Rei. Uma hora depois, às 6h30, Valencio de Camargo, cunhado do autor foi morto no interior de Chapecó, na linha Bom Retiro. Em ambos os casos, José Antonio Rangel efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas.

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Papini explicou que, após o crime, a DIC foi até o local do primeiro homicídio e começou a investigação. Rangel, autor dos disparos de arma de fogo foi até o posto em um Fiat/Stilo de cor prata. Ele caminhou até o Volkswagen/Gol, onde Fernando estava e efetuou os disparos, que atingiram o posterior ao pescoço, ou seja, logo acima do peito.

Após o crime, José Antonio se dirigiu até a linha Bom Retiro, onde encontrou o seu cunhado, Valencio. Papini esclareceu que os dois tiveram uma conversa aparentemente tranquila e depois disso Rangel efetuou quatro disparos de arma de fogo, três atingiram a vítima, dois na região dorsal e um na coxa esquerda.

As motivações

Para a DIC, a motivação do homicídio de Valencio de Camargo foi por problemas com tráficos de drogas. Segundo Papini, ao fazer os disparos contra o cunhado, Rangel explicou que cometeu o crime por uma armação de Valencio.

“O cunhado dele, segundo a explicação que ele fez quando cometeu o crime, teria armado uma ‘casinha’, para dopá-lo e com isso furtar um quilo de cocaína dele. Ele descobriu, se sentiu traído e resolveu fazer ‘justiça com as próprias mãos’”, explicou Papini. O delegado da DIC ainda disse que Valencio e outras duas pessoas não identificadas, teriam cerca de um mês antes, se organizado para dopar o autor.


Foto: Jaicieli Telles/ClicRDC

Segundo Papini, o plano de Valencio não colocado em prática, por que Rangel descobriu antes.

“Era um plano que estava sendo desenvolvido com a vítima, Valencio de Camargo e com mais outras duas pessoas, mas não chegou a ser posto em prática, porque o autor descobriu a intenção deles, que seria dopa-lo, subtrair um quilo de cocaína. Tendo em vista que o autor, segundo as investigações, estaria envolvido com o tráfico de drogas e ao descobrir isso, ele se sentiu traído e resolveu matar o seu próprio cunhado”, fala Papini.

Já no homicídio de Fernando, Papini conta que a DIC ainda não tem uma motivação clara.

“A vítima [Fernando] teria emprestado a arma de fogo ao autor, para praticar outro fato, momentos antes. Esse fato não chegou a se consumar e eles teriam combinado de se encontrar no posto. No momento que o Fernando chegou até o local, ele efetuou os disparos de arma de fogo, causando-lhe a morte. A motivação em relação ao fato, envolvendo o amigo de José, o Fernando, ainda não está devidamente esclarecida”, declarou Vagner Papini.


Foto: Jaicieli Telles/ClicRDC

A arma dos crimes

Conforme esclareceu Papini, a que tudo indica, a arma usada no crime é um revólver calibre.38, mas a DIC não afirma de forma categórica, por que a arma não foi apreendida e submetida a exame pericial.

Indiciamento

Papini explicou que o indiciamento de José Antonio Rangel irá depender do seu interrogatório, mas ele adiantou que até o momento, as investigações demonstram um motivo torpe.

“Eu preciso ouvi-lo para verificar qual a motivação. Com base na investigação, nós temos até então um motivo torpe, ou seja envolvendo o tráfico de drogas, que é algo que é repugnado pela nossa legislação. Ao que tudo indica, no mínimo, homicídio seria qualificado, pelo motivo torpe”, explica Vagner Papini.

Suspeito foragido

O delegado Vagner Papini disse que uma semana após os crimes, Rangel já havia sido identificado pelos homicídios. Desde o dia 27 de julho, data dos assassinatos, o suspeito encontra-se foragido, até a família não sabe seu paradeiro.

Leia Mais:Polícia procura José Antonio Rangel suspeito de matar duas pessoas em Chapecó

“Eu senti sinceridade por parte da família. Efetivamente eles não sabem onde ele esteja. Ao menos em relação as pessoas que nós conversamos, sentimos uma fidedignidade nas informações prestadas, ou seja realmente não sabem o paradeiro deste individuo”, declarou Papini.



Vagner Papini falou que a investigação esta pendente e que a DIC precisa ouvir as explicações de Rangel para os crimes, mas com base nos elementos e no conjunto indiciário, Papini declarou que ele será indiciado pelos dois homicídios.

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