Na noite desta quarta-feira (31), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues anunciou a desativação dos 40 leitos da Enfermaria 2 do Centro Avançado de Atendimento Covid-19 (CAAC), localizada no Centro de Eventos. Conforme João, caso o governo de Santa Catarina quiser usar as estruturas para atender catarinenses e brasileiros, a Administração Municipal entregará ‘com muito gosto’ os equipamentos do local.
“Se o Estado de Santa Catarina quiser usar essa estrutura para atender o resto do Brasil ou Santa Catarina é com muito gosto que nós entregaremos o equipamento para atender os brasileiros e catarinenses”, declarou João Rodrigues.
Segundo João Rodrigues, nenhum equipamento sairá do Centro de Eventos e o local continuará com manutenção e limpezas, caso Chapecó viva um novo surto da Covid-19.
“Passada essa fase, agora nós encerramos as atividades nesta unidade com 40 leitos e na primeira enfermaria com 35 leitos. Nós vamos passar a chave, mas nada sairá daqui de dentro, nem uma cama, nem um travesseiro. Tudo ficará guardado como está, tendo manutenção, tendo faxina diariamente, por que? Porque se nós tivermos novamente mais uma onda, que Deus queira que não tenhamos, Chapecó estará devidamente preparada”, disse João.
Conforme a Administração Municipal, o motivo da desativação foram as quase 100 altas e cerca de 80 transferências de pacientes que foram atendidos na estrutura montada há pouco mais de um mês, no Centro de Cultura e Eventos.
No sábado o prefeito já havia anunciado o fechamento dos 35 leitos da Enfermaria 1. Vão permanecer apenas seis pacientes na Unidade de Tratamento Semi-Intensivo.
O CAAC, que foi montado no Centro de Eventos de Chapecó, chegou a ter 65 pacientes na Enfermaria e 20 na UTSI. Ele começou a receber pacientes no dia 24 de fevereiro, num momento em que o Hospital Regional do Oeste estava lotado, a UPA estava lotada e já havia pacientes internados nos Ambulatórios do Ivo Silveira e da Efapi.
Em tempo recorde a Administração Municipal mobilizou as forças governamentais, institucionais e sociais, para montar 95 leitos de atendimento. Infelizmente, mesmo com todo esse esforço, 19 vidas pereceram. O alento é que mais de 100 foram salvas. Cada alta era comemorada como uma vitória pelos profissionais que trabalharam no CAAC.
Alguns episódios de solidariedade e afeto ficaram marcados, como um café-da-manhã preparado por voluntários e músicas dedicadas aos pacientes. No fim, o espetáculo da vida prevaleceu no Centro de Eventos.
