A confusão do PROS a nível federal também ocorre em nível estadual. Enquanto na eleição presidencial ninguém sabe ainda se o partido irá lançar Pablo Marçal como candidato, ou apoiar Lula; em Santa Catarina ninguém sabe se o chapecoense Ralf Zimmer será candidato ao Governo do Estado ou se o partido vai apoiar a reeleição de Carlos Moisés (REP).
Ralf Zimmer registrou sua candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira (08). Ele é defensor público, tem 43 anos, é casado e tem ensino superior completo. Sua candidata a vice-governadora é Ana Lucia Meotti.
O que ocorreu é que o PROS fez duas convenções na sexta-feira (05). Duas diretorias diferentes se reuniram em dois locais diferentes: o que proclamou Zimmer candidato em Campos Novos, e o que proclamou o apoio a Moisés em Florianópolis.
Ralf está alinhado com a parte do PROS que estava reformulando o partido durante o ano para estar apoiando a reeleição de Jair Bolsonaro a nível nacional, e acabou por agora lançar Pablo Marçal a disputa pelo Palácio do Planalto.
No entanto, os representantes da formação original do partido estão na Justiça Eleitoral pedindo o controle original do PROS de volta para a sua configuração original de ideologia ao centro do espectro político. A definição do impasse tanto a nível federal quanto estadual é esperada para a próxima quarta-feira (10).
Zimmer ficou conhecido a nível estadual e nacional por ter sido o autor do primeiro processo de impeachment que Carlos Moisés sofreu, junto com a vice-governadora Daniela Reihner, em função do reajuste salarial dos procuradores do Estado, que ele argumentava ser inconstitucional. A época, o impeachment de Daniela não foi sequer admitido pelo plenário da Assembleia Legislativa, e Moisés foi salvo no julgamento final.
