O Senado suspendeu na noite desta sexta-feira (1) a sessão que definiria o novo presidente da Casa. A nova sessão foi marcada para a manhã deste sábado (2). A suspensão da sessão foi proposta pelo senador Cid Gomes (PDT-CE) para tentar pôr fim à divergência em torno de quem deveria conduzir a reunião.
Houve tumulto durante toda a sessão sobre a condução dos trabalhos pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Outro ponto de forte embate entre os senadores foi sobre a votação. Um grupo defendia que a votação fosse aberta, enquanto outra defendia votação secreta.
Presidente em exercício da sessão, Alcolumbre colocou a proposta em votação simbólica, e a maioria dos parlamentares concordou em deixar para sábado a eleição para presidência da Casa.
Uma ala defendia que Alcolumbre abrisse mão de conduzir os trabalhos por ser candidato a presidente. Outra ala defendia a suspensão da sessão a fim de que os parlamentares chegassem a um acordo sobre quem passaria a conduzir a sessão.
Em um momento mais tenso, a senadora Kátia Abreu (MDB-TO) chegou a ocupar a Mesa Diretora e tomou das mãos de Alcolumbre a pasta na qual estavam os documentos referentes à sessão.
Renan Calheiros
Indicado pelo MDB como candidato do partido à presidência do Senado, Renan Calheiros criticou o acordo e afirmou em entrevista que não pode haver acordo “contra a Constituição, a democracia, a liberdade de expressão”.
Segundo ele, o adversário Davi Alcolumbre agiu como se pudesse “tudo”. “Se o Davi [Alcolumbre] pode fazer tudo isso, eu vou fazer a mesma coisa que o Juscelino [Kubitschek] fez em 64. Eu vou votar no Davi, porque ele pode tudo. Meus companheiros do MDB que me desculpem”, afirmou Renan.
*Informações G1