
Por MPSC
Foi cancelado o Tribunal de Júri que estava previsto para ocorrer a partir das 8h desta terça-feira (9/12) no Fórum de Chapecó. O julgamento foi cancelado por solicitação dos advogados de defesa, que alegaram que a acusada está internada em uma clínica psiquiátrica. Em ocasiões anteriores, a defesa já havia se movimentado solicitando o adiamento da sessão.
A mulher, que tem 69 anos, seria submetida a júri popular. Ela é acusada de ser a mandante de uma tentativa de homicídio cometida contra a companheira do seu ex-marido. O caso foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que sustenta as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Relembre o caso
Conforme a denúncia do MPSC, a acusada agiu com premeditação e em comunhão de esforços. Em 2019, a mulher contratou uma cartomante com a intenção de garantir a reconciliação com o ex-marido. No entanto, ele seguiu em um novo relacionamento. Inconformada com a situação, a mulher – aliada com a cartomante e o marido dela – forneceu recursos financeiros para o planejamento e a execução do assassinato da nova companheira do ex-marido. Outro homem foi contratado para cometer o crime. Na tarde de 3 de junho de 2019, ele acertou a vítima com três tiros. Atingida na cabeça, a vítima sobreviveu ao atentado, mas ficou com lesões cerebrais graves e permanentes.
Outros envolvidos já foram julgados
Em 25 de novembro de 2021, o executor dos disparos foi condenado a 15 anos e oito meses de prisão em regime fechado. Em uma sessão do Tribunal do Júri em 12 de maio de 2022, o marido da cartomante foi condenado a 12 anos de prisão por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por motivo de promessa de recompensa e por recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na mesma data, a cartomante foi sentenciada a quatro anos de prisão, em regime aberto, pela prática de extorsão contra a cliente que encomendou o assassinato. Contudo, ela foi absolvida pela tentativa de homicídio. O Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça anulou a sentença; ela deverá ser submetida a um novo julgamento.
Veja abaixo o que dizem os Promotores de Justiça sobre o caso
Os Promotores de Justiça Júlia Ferreira Santos e Michel Eduardo Stechinski são os representantes do MPSC neste caso. Confira o vídeo:





