A casa lar de Itá, no Oeste de Santa Catarina, onde ficam as crianças e adolescentes que foram retirados de suas famílias temporária ou permanentemente, ganhou uma mascote. A cachorrinha Mel foi adotada, há poucos dias, pelos responsáveis do abrigo com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento emocional dos acolhidos. E o resultado já e perceptível.
A psicóloga da casa lar, Franciele Pozzebon, conta que na chegada do animal houve uma organização espontânea dos acolhidos para votar o nome da cadela, já que eram duas as opções sugeridas por eles mesmos: “Em conversa com os demais membros da diretoria da casa, decidimos ter um bichinho de estimação porque esse contato é muito bom para as crianças. Além de trabalhar o desenvolvimento emocional dos acolhidos, melhora o comportamento das crianças e adolescentes”.
A profissional lembra que a reação de alegria dos acolhidos foi imensa quando viram a cachorrinha. Os menores balbuciavam “au, au” e os maiores se preocupavam se ela realmente permaneceria com eles: “As crianças que estão hoje no abrigo já têm esse presente. Mas a Mel continuará ali para interagir com outros acolhidos que futuramente possam vir para a casa. É uma experiência que só vai fazer bem a todos eles, com todos os benefícios da convivência com um animalzinho”.
O magistrado responsável pelo Fórum de Itá, Rodrigo Climaco José, aprovou a ideia: “Os cuidados com alimentação, higiene e organização da Mel são de responsabilidade das crianças e adolescentes. Além de ensinar os acolhidos, essa cachorrinha estava carente de amor e carinho, e agora também ganhou um lar”.