Depois de uma sessão que se estendeu por 10 horas na terça-feira (10), em que nove testemunhas foram ouvidas, o segundo dia de júri do casal acusado de participação em tentativa de homicídio iniciou com o interrogatório dos réus, no Fórum de Chapecó. O crime ocorreu na tarde do dia 03 de junho de 2019, em uma das principais vias da área central do município.
O primeiro a ser ouvido foi o homem acusado de contratar o atirador que disparou contra a empresária na data dos fatos. Ele iniciou contando sobre a relação de grande amizade que se firmou entre o casal e a acusada de contratar os serviços deles. O réu disse que recebeu a quantia de R$ 15 mil para levar o montante de R$ 50 mil a um parente da contratante, em Foz do Iguaçu-PR, como mais um dos auxílios que prestava à mulher no dia a dia.
Em Foz, encontrou o familiar da amiga que estava acompanhado pelo atirador, mas que foi apresentado como detetive particular, e que viria a Chapecó nos dias seguintes e que precisaria de ajuda por não conhecer a cidade. Os encontros com o atirador em Frederico Westphalen-RS foram para prestar serviços como motorista ao então detetive particular. Disse, ainda, que fugiu porque estava sendo incentivado a confessar algo que não cometeu.
A cartomante que responde pelo crime ter sido cometido mediante paga ou promessa de recompensa, e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, está sendo ouvida durante a tarde desta quarta-feira (11). A ré ainda responde por ter constrangido uma mulher a efetuar pagamento de quantia econômica, mediante grave ameaça de morte contra ela e o neto.
Na sequência, o promotor de justiça terá três horas para apresentar argumentos de acusação. Mesmo tempo terão os advogados de defesa. Não há previsão de horário para o término da sessão de julgamento.
