O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem de 24 anos que matou um colega. Os jurados reconheceram o homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O juízo fixou a pena em 15 anos e nove meses de reclusão em regime inicial fechado.
O crime aconteceu em 29 de março de 2021. Naquela madrugada, quatro homens foram até uma localidade rural para fumar e beber. Durante o trajeto, o réu, Hewerton Gonçalves de Morais, contou que havia sido agredido em um posto de gasolina alguns meses antes. A vítima, Luiz Felipe Maceno, por sua vez, disse que era amigo dos agressores.
Hewerton se irritou com a informação. Ele desceu do carro, imobilizou Luiz sorrateiramente e deu socos, chutes e várias pedradas na cabeça do colega, deixando-o desacordado e inconsciente. Em seguida, Hewerton atropelou Luiz com o automóvel, arrastou o corpo da vítima e pressionou um saco plástico contra a face dele. Essa sequência de atos consumou o crime.
A 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador assumiu a acusação e o réu foi julgado 17 meses após o crime. Durante a sessão do júri, ele confessou os atos. Os outros dois homens foram ouvidos e confirmaram a versão da acusação.
O Promotor de Justiça Lucas Broering Correa falou sobre a brutalidade de um crime desencadeado por uma conversa corriqueira entre réu e vítima e comentou o resultado. “O acolhimento integral à pretensão condenatória do Ministério Público representa a reafirmação do prestígio da Justiça perante a sociedade caçadorense e, também, do próprio valor da vida da vítima, que foi ceifada de maneira cruel”.