O Júri Popular de Lucas Rodrigues, de 26 anos, acusado de matar carbonizada a cunhada, Mauriceia Estraich, de 22 anos, iniciou nesta manhã de sexta-feira (3). O Júri Popular, que deve se estender ao longo do dia, iniciou nas primeiras horas da manhã por volta das 09h e deve encerrar ainda hoje, por volta das 20h, devido o acusado ter confessado o crime.
Pela complexidade do caso, os sete jurados ( cinco homens e duas mulheres), não poderão utilizar equipamentos eletrônicos, como celulares e computadores, e devem estar incomunicáveis até o término do julgamento, no primeiro horário da manhã foram realizados os atos preparatórios e a escolha do conselho de sentença. Em seguida, os jurados se reuniram com o Juiz de direita, André Milani, e o promotor, Moacir José Dalmagro. Na defesa do acusado, trabalham os advogados Jean Carlos Carlesso e Gabriel Antunes.
Familiares da jovem organizaram uma van para levar amigos da jovem, para assistir o julgamento.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Lucas Rodrigues está sendo acusado de homicídio qualificado (art. 121, incisos II, III, IV e VI, do Código Penal) com as qualificadoras, motivo fútil, emprego de fogo, recurso que dificultou a defesa da ofendida e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Se condenado, o acusado poderá pegar até 30 anos de prisão.
Em entrevista à Rádio Oeste Capital, O pai de Mauricéia, Dom Ermindo Estraich, disse que espera justiça.
“Queríamos muito que o júri tivesse sido marcado em São Miguel do Oeste, ou em Descanso, onde ocorreu o fato, mas estamos aqui (Chapecó), na expectativa e confiante que será feito a justiça, confiamos no trabalho dos nossos advogados, juízes, promotores, jurados, e esperamos sair daqui hoje, com um ótimo resultado, que para esse bandido, que tirou a vida da minha filha que ele possa pegar a pena máxima” ressaltou.
Dom, também comentou sobre a expectativa, “É um momento difícil né, continua sendo desde o dia da tragédia. está noite foi uma noite bem dificil até para dormir, por que vem as recordações, ela era minha única filha, e o que mais queríamos hoje, era que ela estivesse com nós, continuando sua vida” comentou Dom.
Relembre o crime:
Mauriceia foi morta no dia 28 de março de 2021. As investigações concluíram que o fogo foi causado propositalmente pelo homem com a utilização de gasolina. O acusado confessou parcialmente a prática do crime. No local, ele a agrediu até deixá-la desacordada.
Ele relatou que acreditando que ela estava morta, ateou fogo no seu corpo e na casa. Também alegou que estava sob efeito de drogas e não soube explicar qual a razão que o motivou a realizar o crime. O laudo pericial confirmou que a vítima aspirou fumaça, o que confirmou que ela estava viva no momento do incêndio.
Fonte: Ricardo Souza/ClicRDC