
Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, registrou nesta quarta-feira (21) seu primeiro caso suspeito de gripe aviária. A notificação foi confirmada no painel oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e envolve uma galinha de criação doméstica no interior do município, mantida para subsistência — ou seja, consumo próprio, sem finalidade comercial.
De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), a ave apresentou sintomas compatíveis com o vírus da Influenza Aviária tipo A, uma doença viral altamente contagiosa entre aves. Amostras biológicas foram recolhidas e encaminhadas ao laboratório de referência do MAPA, que ficará responsável pela análise oficial.
Além de Chapecó, outros dois municípios da região também estão sob investigação por suspeitas semelhantes. Em Concórdia, o caso também envolve uma ave doméstica, enquanto em Ipumirim a suspeita inicial foi descartada após exames laboratoriais. Já no litoral do estado, em Garopaba, há registro de suspeita em ave silvestre da espécie quero-quero.
Em nível nacional, o MAPA atualizou nesta quinta-feira (22) o total de investigações ativas, que agora somam nove casos em análise, localizados em Santa Catarina e também em Angélica (MS). Dois outros casos investigados recentemente foram descartados.
As autoridades reforçam que, embora rara, a transmissão da gripe aviária para seres humanos pode ocorrer em situações de contato direto com aves infectadas, exigindo cuidados redobrados tanto para a saúde pública quanto para a proteção da cadeia produtiva da avicultura — um setor vital para a economia de Santa Catarina.
A Cidasc e as secretarias municipais de saúde estão monitorando os locais e aplicando medidas preventivas, como a restrição de circulação de aves e orientação à população. O órgão alerta para que moradores comuniquem imediatamente qualquer suspeita de aves doentes ou mortas, evitando contato físico com os animais.
Até o momento, não há confirmação oficial de foco ativo da gripe aviária no estado. No entanto, o governo estadual mantém vigilância reforçada diante dos impactos que um eventual surto pode causar, especialmente nas exportações de carne de frango e derivados.