
O autor do feminicídio de Samara Greiner da Silva, ocorrido em fevereiro deste ano, foi condenado nesta quarta-feira (13) à pena de 69 anos, dois meses e 12 dias de reclusão, além de 13 dias-multa. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Chapecó. O réu foi considerado culpado por feminicídio qualificado, dois cárceres privados e porte ilegal de arma de fogo.
O crime aconteceu na noite de 22 de fevereiro de 2025, por volta das 22h40, no bairro Vila Real, em Chapecó. Segundo a investigação da Polícia Civil, o homem matou a ex-companheira de forma brutal, após descumprir uma medida protetiva de urgência expedida poucos dias antes.
De acordo com as apurações, o casal manteve união estável por cerca de três anos, mas a vítima decidiu encerrar o relacionamento no início de fevereiro. Inconformado, o autor passou a ameaçá-la e, mesmo notificado sobre a proibição de se aproximar dela, invadiu o apartamento onde Samara morava com familiares.
O homem escalou o prédio, sequestrou as duas sobrinhas da vítima, de 3 e 10 anos, e obrigou a mais velha a enviar uma mensagem falsa pedindo que a tia voltasse para casa. Ao chegar ao local, Samara foi surpreendida pelo ex-companheiro, que atirou pelo menos quatro vezes, atingindo-a no rosto e no tórax.
Após o crime, o autor fugiu para a região de Xanxerê, sendo capturado 37 horas depois, em uma área rural conhecida como Peral dos Rosas. A prisão foi resultado de uma força-tarefa da Polícia Civil, com apoio do SAER e de delegacias de Chapecó, Xanxerê e Xaxim.
Samara Greiner da Silva tinha 25 anos, era natural de Xanxerê e deixou um filho de 10 anos de idade.







