sexta-feira, junho 6, 2025
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Moraes manda PF ouvir Bolsonaro e Eduardo em até 10 dias

Decisão ocorre após a PGR apontar ações de Eduardo Bolsonaro nos EUA para pressionar o Judiciário brasileiro; ex-presidente é citado como responsável financeiro do deputado

Foto: Montagem ClicRDC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (27/05) abrir um inquérito para investigar o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no curso do processo e obstrução de investigação. A medida atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta a atuação do parlamentar para pressionar autoridades dos Estados Unidos contra o ministro e o sistema de Justiça brasileiro.

O caso está diretamente ligado à tentativa de internacionalização de ataques ao STF, especialmente contra Moraes, que é relator de ações envolvendo a trama golpista e o inquérito das fake news. Eduardo teria articulado com congressistas norte-americanos medidas que incluem a possibilidade de sanções contra Moraes, conforme admitido recentemente pelo senador norte-americano Marco Rubio.

Por conta da gravidade dos fatos, Moraes também determinou que a Polícia Federal (PF) colha depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, considerado pelo ministro como “diretamente beneficiado” pelas ações do filho. Bolsonaro já é réu em um dos núcleos da tentativa de golpe de Estado. Diplomatas brasileiros também deverão ser ouvidos no inquérito.

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Eduardo Bolsonaro está atualmente nos Estados Unidos, para onde se mudou em março após pedir licença de 122 dias do mandato parlamentar. Moraes autorizou que ele preste depoimento por escrito.

A investigação também incorpora a notícia-crime enviada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que em março denunciou que Eduardo estaria viajando aos EUA para incitar parlamentares daquele país a atacar o STF. Na ocasião, Lindbergh chegou a pedir a apreensão do passaporte do deputado, o que foi negado tanto por Moraes quanto pela PGR. Agora, Lindbergh será ouvido como depoente no inquérito.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, as declarações e ações de Eduardo demonstram “intuito de impedir, com ameaça, o funcionamento pleno dos poderes constitucionais” e representam tentativa grave de interferência externa no sistema judicial brasileiro.

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