O Poder Legislativo de Chapecó, recebeu na sessão ordinária da terça-feira (23), representantes da Comissão Municipal da Saúde Agropecuária (COMUSA), para falar sobre o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária.
Na última segunda-feira (22), o Ministério da Agricultura e Pecuária, publicou portaria com validade por 180 dias. A medida do ministério visa evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
Na apresentação dos representantes da COMUSA, foi apresentado alguns números e algumas situações sobre o atual momento e o alerta de influenza aviária no Brasil. Até agora, foram confirmados oito casos da doença em aves silvestres no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e outros três casos são investigados no país. “O grande receio é que as aves migratórias contaminadas possam transmitir a doença às aves da agricultura industrial. Seria um prejuízo enorme”, afirma o presidente da COMUSA, Mauro Zandavalli.
A médica veterinária, Lauren Sagave, lembrou que não existe contaminação das carnes e dos ovos das aves ao ser humano, apenas pelo contato direto com o vírus. “Mas a mortalidade entre os humanos chega a 60% e em entre as aves é de 50%. Por enquanto, não há caso registrado em aves comerciais, mas o alerta é geral”, destacou.
Ainda de acordo com dados do COMUSA, a contaminação por influenza aviária, poderia trazer um prejuízo de R$ 13 bi em exportação para o Brasil. “Em relação a nossa região, seria importante formar um comitê intermunicipal com participação dos municípios. A intenção é promover campanhas de orientação para que esse vírus não se prolifere na nossa cadeia produtiva”, avisou Zandavalli.