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Carros estacionados em pontos de ônibus causam transtornos no trânsito em Chapecó

As principais áreas de desembarque em que os condutores de veículos estacionam ficam próximo aos colégios e nas ruas de maior movimentação. Para o motorista, Bruno Cordeiro Alves, cada vez mais os veículos estacionam nesses locais. “Isso ocorre, principalmente, no Passo dos Fortes. Eles colocam os carros bem no ponto de ônibus e fica muito ruim de parar. Aí, a galera que vem atrás fica reclamando, pois temos que parar o ônibus no meio da rua, atrapalhando a ida e vinda dos demais”, comenta.

A mesma situação é pontuada pelo motorista, Patrik Zancanaro, que trabalha há um ano e três meses na Auto Viação. Segundo ele, todos os dias os motoristas encontram esse problema, principalmente na Avenida Fernando Machado e próximo aos colégios, segundo ele. “É complicado para manobrar o ônibus nesses locais e também deixar no meio da via. Porque os ônibus são grandes e ocupam as duas vias”, observa.

Segurança

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Conforme a Auto Viação, a direção da empresa tem conhecimento do problema e tem adotado medidas. “Os carros estacionados nos pontos dificultam o trabalho dos motoristas e também prejudicam os passageiros. Isso porque os ônibus têm que parar na via de trânsito, o que pode gerar acidentes”. Além disso, a empresa orienta para que seja anotado o número da placa do veículo e comunicada a Guarda Municipal, via telefone. Os motoristas também devem informar o Departamento de Operações da empresa que formaliza a denúncia.

A Prefeitura, no entanto, informou que não recebeu nenhuma reclamação específica sobre essa problemática. Quanto à fiscalização, a Administração Municipal informou que “não há uma ação específica para cada infração de trânsito. As equipes dos Agentes de Trânsito e Guarda Municipal fazem o trabalho de orientação e rondas pela cidade, ao identificar infrações eles notificam se necessário, ou conversam/orientam o condutor”.

Sinalização

Atualmente, segundo a Auto Viação, são 830 pontos de parada para embarque e desembarque, em Chapecó. Segundo o motorista Patrick, em alguns bairros não há sinalização (ponto físico, nem faixa amarela), principalmente na linha que antes era realizada por outra empresa. Conforme a Auto Viação, já “foi solicitado para que a prefeitura faça a demarcação dos pontos e na medida do possível ocorra a identificação com a placa de parada”.

Sobre os pontos em que falta sinalização, a empresa informou que existe uma lista parcial com alguns locais que não possuem sinalização e que deverá ser completada diante da nova licitação para o transporte coletivo. Sobre essa questão a Prefeitura respondeu que precisam dos “pontos indicados, ruas, para poder entender o que ocorre e se há falta de sinalização mesmo. Além disso, melhorias e ações neste sentido dependem do novo contrato de transporte público, que deve ocorrer até o fim do mês”.

Para a Auto Viação, outra situação agravante é que os locais demarcados para a parada dos ônibus não tem espaço suficiente. “Cada ônibus tem comprimento de 12,10 metros e para entrar alinhado na vaga, não obstruir a via e depois sair são necessários, no mínimo, 36 metros. Caso contrário, o ônibus teria que parar e entrar na vaga de ré, o que não é possível pois há demarcações que não medem nem 10 metros” divulgou a empresa.

+Respeito

Para o motorista Bruno falta respeito no trânsito, além de gentileza, pois muitos condutores não dão a vez para os ônibus retornarem à pista, após pararem nas áreas de desembarque. “O que custa segurar um segundo só para podermos seguir viagem? Isso vem acontecendo todos os dias. E nas rotatórias os carros querem entrar junto com o ônibus, onde já se viu isso? A rotatória da Fernando Machado com a Quintino Bocaiúva, por exemplo, é muito ruim para nós, pois estamos com o ônibus cheio de passageiros e temos que parar, pois o carro quer entrar na rotatória junto conosco”, comenta.

Também existem situações em que as ruas que são estreitas e os motoristas estacionam dos dois lados. Para Patrick esta é uma questão complicada que também interfere no trabalho. “Temos que parar, descer, ver se vai passar. Tem vezes que não passa o ônibus e não podemos voltar de ré, porque tem lugar que é complicado pra voltar”, conta.

Adilson Alves Maciel, que trabalha há seis anos como motorista na Auto Viação, conta que isso é recorrente. Ainda cita um exemplo do bairro Efapi, na rua Celia Basso esquina com  Maria Luiza Scholze. No local tem uma escola e muitas vezes as pessoas estacionam os carros nos dois lados da rua, o que deixa uma passagem pequena para ônibus passar. Adilson disse que muitas vezes o motorista entra na rua, mas não consegue passar com o coletivo e nem retornar. “Acontece da gente ter que aguardar o condutor retornar e retirar o veículo para daí poder passar”, acrescenta.

Para Patrik, nesses locais um dos lados da via deveria ser proibido estacionar. “Aí melhora, mas ainda tem os folgados que estacionam em faixa amarela, sempre tem”, conclui.


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