
Indignação após a final
A final do Campeonato Catarinense foi marcada por uma forte acusação: “Chapecoense foi roubada”. Essa foi a frase mais repetida pelo presidente do clube, que, inconformado com a arbitragem, expôs sua revolta logo após a partida contra o Avaí. Em tom de desabafo, o dirigente criticou duramente a escolha do árbitro para o jogo decisivo e classificou a atuação da equipe de arbitragem como “uma vergonha”.
Segundo o presidente, o árbitro central já havia sido desligado da Chapecoense anteriormente por “ser ruim”, e, por isso, não haveria condições para que apitasse uma decisão envolvendo o clube. “Como é que esse cara vai ter condições de apitar um jogo da Chapecoense?”, questionou.
Acusações de favorecimento e erro de arbitragem
O dirigente citou lances polêmicos e questionou a ausência de interferência do VAR. Um dos principais momentos apontados foi um toque de mão dentro da área que, segundo ele, deveria ter sido pênalti para a Chapecoense. “O cara deu uma manchete dentro da área e o VAR sequer chamou”, afirmou.
Além disso, denunciou a expulsão de jogadores da Chapecoense como parte de uma sequência de decisões que “acabaram com o jogo em cinco minutos”. Para ele, a arbitragem comprometeu a integridade da competição. “O campeonato ficou maculado, ficou aviltado”, desabafou.
Reação imediata e críticas à Federação
O presidente contou que enviou uma mensagem à Federação Catarinense assim que soube da escalação do árbitro, alertando sobre o histórico do profissional com o clube. Apesar disso, a escolha foi mantida.
“Se fosse um outro jogo, tudo bem, mas é uma final”, argumentou. Ele ainda lamentou o investimento feito no campeonato: “Você gasta sete milhões e meio de reais para ver essa situação”.
A crítica também se estendeu à postura da Federação diante das reclamações. “As informações que pedimos foram respondidas como se fosse uma professora do jardim de infância”, ironizou.
Possível saída da Federação Catarinense
Diante da indignação, o presidente anunciou que o clube estuda alternativas drásticas. A partir de segunda-feira, será iniciado um estudo para avaliar a possibilidade de deixar o Campeonato Catarinense e migrar para outra federação.
“Ou vamos para o Paranaense ou para o Gaúcho. É mais perto ir para Curitiba ou Porto Alegre do que para Florianópolis”, justificou. Ele ainda afirmou que a Chapecoense teria mais retorno financeiro com jogos em outras regiões: “Com uma renda de um jogo no Gaúcho, ganho dez vezes mais que no Catarinense”.
“Não foi prejudicada. Foi roubada.”
A revolta do dirigente foi além da crítica técnica. Ele afirmou, de forma direta, que não se tratou apenas de erro de arbitragem. “A Chapecoense não foi prejudicada. Foi roubada”, reforçou diversas vezes.
A decisão de não retirar o time de campo foi avaliada pelo departamento jurídico do clube, que alertou para possíveis penalidades, como a perda da vaga na Copa do Brasil. Mesmo assim, o sentimento de injustiça permaneceu. “Vamos continuar com essa pataquada, mas vamos buscar alternativas”, afirmou.
Futuro incerto e cobranças internas
A cobrança por responsabilização também foi direcionada ao comando da arbitragem. O presidente exigiu que alguém da Federação se manifeste ou peça desligamento. “Se o diretor de arbitragem não pedir pra sair, alguém vai ter que sair da Federação. Esse cara acabou com o Campeonato Catarinense”, declarou.
A indignação fechou com um tom de descrença: “Era só ter trazido um árbitro de fora. Com todo respeito, isso foi uma vergonha”.
A Chapecoense, segundo ele, não vai aceitar calada e buscará novos caminhos para garantir respeito e justiça nas próximas competições.