
Os trabalhadores da Celesc iniciaram uma paralisação em todo o estado, com adesão de cerca de 90%, segundo o Sindicato do Oeste e do Extremo-Oeste Catarinense. A greve, que já dura dois dias, tem como principais objetivos a busca por isonomia salarial e o aumento do quadro de funcionários.
De acordo com o dirigente sindical Marlon Gasparin, os trabalhadores sofrem com a falta de pessoal, o que tem gerado sobrecarga de trabalho e adoecimento. “A Celesc não tem mais realizado contratações, e isso tem trazido, além do incômodo para a comunidade em geral, adoecimento, cansaço e estresse para os trabalhadores”, afirmou.
Outra reivindicação é a isonomia salarial. Atualmente, apenas metade dos trabalhadores da Celesc recebe o anuênio, uma gratificação de 1% sobre o salário para cada ano de serviço. “Queremos igualdade de direitos para todos os trabalhadores. É injusto que os trabalhadores da ponta, que são os menores salários da empresa, não recebam esse justo reconhecimento”, disse Marlon.
O sindicato alega que a empresa justifica a falta de recursos, mas, ao mesmo tempo, aumenta a gratificação das chefias e a distribuição de dividendos para os acionistas.
A paralisação pode causar transtornos à comunidade, mas o sindicato garante que os serviços emergenciais serão mantidos.
“A gente entende que isso causa um transtorno para a comunidade, um transtorno muito grande para a comunidade. A gente lamenta, é triste, é ruim, é ruim para a gente também, se sente desconfortável com isso, mas foi a alternativa que os trabalhadores encontraram para tentar demover a diretoria da Celesc dessa posição de intransigência que tem mantido com os trabalhadores”, finalizou Marlon.
Fonte: ClicRDC