terça-feira, julho 22, 2025
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Chapecó é base de líder de quadrilha que lesou mais de 200 idosos em estelionato

Operação “Entre Lobos” prende líderes e desarticula quadrilha nacional de estelionato

Foto:Reprodução/MPSC

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da Promotoria de Justiça de Modelo, desarticulou uma organização criminosa especializada em aplicar golpes de estelionato contra idosos. A “Operação Entre Lobos” foi deflagrada na segunda-feira (21) e resultou em 14 prisões — sendo 8 preventivas e 6 temporárias — incluindo seis advogados.

Segundo o MPSC, a quadrilha atuava desde o fim de 2022 em Santa Catarina e em outros estados, e já havia feito mais de 215 vítimas, todas pessoas idosas, com prejuízo estimado em R$ 6 milhões. Os criminosos abordavam as vítimas com falsas promessas de revisão de acordos bancários, induzindo a entrega de documentos sem deixar cópias, o que dificultava o rastreio do golpe.

Coletiva de imprensa sobre a Operação entre lobos. Foto: Gionei Argenta/ClicRDC

A base da operação financeira do esquema era em Chapecó, onde um escritório era responsável pela contabilidade dos valores desviados. Em Chapecó, três pessoas foram presas. O líder da quadrilha, que operava da cidade, mantinha ligação direta com uma sede em Fortaleza (CE), comandada por um casal, sendo a mulher advogada. Eles também foram presos, assim como o estrategista do grupo, localizado em Salvador (BA), por meio de atuação do GAECO da Bahia.

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Durante a operação, foram apreendidos 25 veículos e bloqueados mais de R$ 2 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, muitas registradas como empresas de fachada. Uma das empresas de fachada estava sediada em Pinhalzinho (SC).

Um dos investigados chegou a captar mais de mil idosos aposentados em apenas um ano, por meio de uma empresa virtual criada especificamente para enganar pessoas vulneráveis. As vítimas, muitas delas analfabetas ou com doenças graves, eram iludidas com a promessa de vantagens em ações judiciais e outras fraudes documentais. Alguns dos lesados faleceram durante o período de atuação do grupo.

O Ministério Público orienta que vítimas ou familiares que desconfiarem de envolvimento com a quadrilha procurem a Delegacia de Polícia, a Ouvidoria do MP ou a promotoria de Modelo. A prioridade agora é o ressarcimento dos prejuízos e a identificação de novas vítimas.

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