Aconteceu nesta tarde de terça-feira (4), a audiência de custódia do paraguaio Derlis Ramon Gimenez Lesmo, de 30 anos, que é suspeito de atirar contra uma mulher, de 48 anos, na tarde desta segunda-feira (3), em Chapecó/SC. A juíza decidiu manter pela prisão do indivíduo.
A audiência de custódia, que todo preso em flagrante tem direito, serve para que ele seja ouvido pelo magistrado e que avalie eventuais ilegalidades em sua prisão. Ela aconteceu no Fórum da comarca de Chapecó.
Derlis começou a ser ouvido por volta das 17h30. A sessão terminou pouco depois das 18h. Diferente dos demais detentos, que também passaram por audiência de custódia, o paraguaio saiu por uma porta ao lado e foi direto para viatura do Departamento de Administração Prisional (DEAP). Sendo assim, ele segue no Presídio Regional de Chapecó.
A partir de agora, Derlis fica preso por tempo indeterminado e à disposição da Justiça. A reportagem tentou contato com a defensora pública do indivíduo, mas ela não atendeu a nossa ligação.
Justiça
O caso está sob responsabilidade da 2ª Vara Criminal da comarca. A juíza Ana Karina Arruda Anzanello analisará ainda o pedido de quebra de sigilo telefônico dos dois aparelhos de celular apreendidos com o suspeito. “Daremos prioridade ao caso. A decisão sairá nesta quarta-feira”, explica a magistrada.
A Justiça catarinense também informou o Consulado do Paraguai, no Brasil, com sede em Foz do Iguaçu/PR, sobre a manutenção da prisão de Derlis em Chapecó. No país vizinho há um mandado de prisão em aberto contra ele por homicídio. Na audiência de custódia, o suspeito disse ter uma filha de dois anos que mora com a mãe dele, no Paraguai. A matriarca também foi avisada da prisão no Oeste.
Depoimento na DIC
Derlis também prestou depoimento na Divisão de Investigação Criminal (DIC), no início da tarde desta terça-feira. De acordo com o delegado de polícia, Vagner Papini, que interrogou o indivíduo, o paraguaio colaborou com a Polícia Civil. “Interrogamos e ele nos passou bastante informações. Desta vez ele não ficou em silêncio”, disse.
O delegado preferiu não divulgar detalhes sobre o interrogatório, a fim de não atrapalhar o andamento da investigação. Mais cedo, o chefe da investigação disse que o paraguaio estava sozinho em Chapecó, hospedado em um hotel há cerca de 4 dias. A polícia já esteve no quarto onde ele ficou, mas localizou apenas pertences pessoais.
A vítima
A mulher passou por cirurgia e permanece internada em um hospital particular.