
A Polícia Civil de Chapecó concluiu a investigação sobre o grave atropelamento que vitimou duas pessoas na faixa de pedestres da Avenida Atílio Fontana, no bairro Efapi, ocorrido na noite de 7 de dezembro de 2024. Na data, o jovem Renan Edson Talian, de 19 anos, morreu e sua namorada, também de 19 anos, ficou gravemente ferida. O caso agora tramita na Justiça, com o réu já respondendo a processo criminal por homicídio doloso, com audiência marcada para esta quarta-feira (20).
Segundo a apuração conduzida pela Delegacia de Homicídios (DH), o motorista de um VW/Passat trafegava em alta velocidade e realizou manobras perigosas antes de atingir um casal que atravessava a via na faixa de pedestres. Após o atropelamento, o condutor fugiu do local sem prestar socorro, abandonando o veículo cerca de dois quilômetros adiante e desaparecendo.
A vítima fatal, um jovem de 19 anos, morreu no local devido aos múltiplos ferimentos. A jovem que o acompanhava, então com 18 anos, sofreu traumatismo craniano e pneumotórax, permanecendo internada em estado grave por semanas, com sequelas permanentes.
O laudo pericial confirmou que o veículo estava em velocidade superior ao limite da via (50 km/h) e que o condutor sequer tentou frear. A inspeção técnica descartou falhas mecânicas no automóvel. Testemunhas relataram que o motorista realizava manobras em zigue-zague e dirigia de forma extremamente imprudente.
A investigação também revelou que o motorista, de 26 anos, passou a tarde anterior ao crime consumindo cerveja e uísque em um bar. Ele já possuía histórico de infrações de trânsito, com três autuações por excesso de velocidade no período de um ano.
Diante das provas, a Polícia Civil concluiu que o condutor assumiu o risco de matar, caracterizando dolo eventual. Ele foi indiciado por homicídio qualificado (um consumado e um tentado), além de embriaguez ao volante. A polícia chegou a solicitar sua prisão preventiva, mas o pedido foi negado pelo Judiciário.
Atualmente, o acusado é réu em ação penal e poderá ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, dada a natureza dolosa dos crimes cometidos. A audiência inicial do processo ocorre hoje, dando sequência à responsabilização criminal pelo caso que chocou a comunidade chapecoense.