
Mais de 50 apenados da Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, estão atuando diretamente na produção de tachões usados na sinalização das rodovias revitalizadas pelo programa Estrada Boa, do Governo de Santa Catarina. A iniciativa alia ressocialização e eficiência na infraestrutura pública, com produção média de 12 mil tachas por dia dentro da unidade prisional.
A atividade é fruto de uma parceria entre o Estado e uma empresa privada instalada no local, que segue todos os padrões técnicos exigidos para sinalização viária. Além de reduzir custos públicos, o trabalho garante aos presos ocupação produtiva, capacitação profissional e remição de pena, conforme destacou a secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Danielle Amorim Silva.
A Colônia Agrícola de Palhoça abriga presos em regime semiaberto e se destaca pelo uso do trabalho como ferramenta de reintegração social. Além da produção de tachões, os detentos também participam de atividades como marcenaria, agricultura e manutenção predial, sob supervisão técnica e em parceria com entidades públicas e privadas.
Essa integração entre justiça, segurança pública e infraestrutura está no centro da estratégia do governo estadual, que vê na iniciativa um modelo de política pública inclusiva e eficiente. Ao mesmo tempo em que promove cidadania, o projeto ajuda a reduzir a reincidência criminal e impulsiona o desenvolvimento regional.
O programa Estrada Boa, considerado o maior da história rodoviária de Santa Catarina, já investiu R$ 3,5 bilhões em obras de pavimentação, duplicação e restauração em todas as regiões do estado. Treze grandes obras já foram entregues e muitas outras seguem em andamento com previsão de conclusão até 2026.