Na última sexta-feira (10), a Polícia Civil, por meio da equipe policial da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), concluiu a investigação do feminicídio de Monica Uhlmann Gosch, de 45 anos, ocorrido na travessa Guararapes, no Centro de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
O crime aconteceu por volta das 12h30, do dia 03 de novembro de 2023, no momento em que a vítima chegou em seu local de trabalho. Conforme a Polícia Civil, o autor, um homem com 48 anos, já conhecia a rotina da ex-mulher e já a aguardava nas imediações.
O casal tinha três filhos, um deles menor de idade, e conviveram por cerca de trinta anos, período durante o qual a vítima diz que sofria com a agressividade do autor, especialmente em razão do vício dele em bebidas alcoólicas.
“Consta que há cerca de três meses, durante uma discussão em que estava embriagado, o autor expulsou a vítima e a filha menor de casa no meio da noite. A partir daí, a vítima decidiu não voltar mais para casa e rompeu o casamento, o que deixou o criminoso inconformado”, detalhou a Polícia Civil.
O investigado tentou de muitas formas a reconciliação, inclusive por meio dos filhos, e, segundo familiares, contava com o retorno da vítima para a residência do casal tão logo vencesse o prazo das medidas protetivas de urgência vigentes.
“No dia 03 de novembro, vencidas as medidas protetivas de urgência, e sem que a vítima tivesse concordado em retomar o casamento com seu agressor, o investigado a aguardou em frente ao seu local de trabalho, conversaram por alguns segundos, como mostram imagens de câmeras de monitoramento que há nas imediações, e em seguida o criminoso atacou a ex-esposa golpeando-a violentamente diversas vezes na região do peito com uma arma branca”, divulgou a Polícia Civil.
A vítima chegou a pedir socorro a terceiros, informando ter sido atacada pelo ex-marido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de as equipes médicas chegarem no local.
Após o crime, o autor empreendeu fuga do local, sendo localizado e preso no dia 04 de novembro. Interrogado na presença de seu Defensor, preferiu ficar em silêncio.
Agora, o investigado responderá pela prática do crime de feminicídio, que prevê pena de até 30 anos de reclusão.
