A Polícia Federal (PF) efetuou, na noite da última terça-feira (12), a prisão de um homem foragido da Operação DeadCoin, deflagrada na última quinta-feira (07). Ele foi preso no aeroporto de Guarulhos (SP) quando desembarcava do avião em um voo proveniente de Madri, na Espanha.
O preso está na carceragem da PF em Guarulhos, e após a audiência de custódia com o juízo federal de São Paulo, ele poderá permanecer preso aguardando sua transferência para Santa Catarina por solicitação do juízo de Chapecó.
Como funcionava o esquema
As investigações apontam que a organização operava oferecendo investimentos com promessas de rendimentos irreais. No início, as vítimas chegavam a receber supostos lucros, uma estratégia para ganhar a confiança dos investidores e incentivar novos depósitos. Entretanto, após o aumento dos aportes, o retorno financeiro cessava, e as vítimas não conseguiam reaver o capital investido, que era bloqueado sem explicações.
Lavagem de dinheiro e evasão de divisas
A PF descobriu que o grupo implementou uma engenharia financeira sofisticada para desviar fundos para paraísos fiscais, além de lavar dinheiro por meio da compra de bens de luxo, como automóveis e imóveis no exterior. O esquema, além de lesar financeiramente milhares de pessoas, dificultava o rastreamento dos valores devido à complexidade da rede de transações internacionais.
Consequências para os envolvidos
Os suspeitos enfrentarão acusações de estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e evasão de divisas. As penas somadas desses crimes podem ultrapassar 30 anos de prisão, evidenciando a gravidade das infrações cometidas e o impacto nas finanças das vítimas e na economia local.
A Operação Deadcoin traz à tona a importância da fiscalização de esquemas de investimento e reforça o alerta para que a população esteja atenta a ofertas de retornos financeiros duvidosos. A PF segue com as investigações para assegurar que todos os envolvidos sejam responsabilizados.