






Na manhã desta quinta-feira (1º), um homem foi preso em flagrante em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, após incendiar o carro de familiares de sua ex-companheira e causar um acidente de trânsito durante sua fuga. O crime ocorreu em meio a um contexto de violência doméstica, já que a vítima possuía uma medida protetiva contra o agressor, emitida apenas quatro dias antes do incidente.
A Polícia Militar (PM) foi acionada nas primeiras horas da manhã, por volta da madrugada, após o incêndio de um veículo na rua Nereu Ramos. O fogo quase atingiu uma residência vizinha, colocando em risco vidas e propriedades. O veículo incendiado pertencente à família da ex-companheira do suspeito. Após o ato criminoso, o homem fugiu do local rapidamente, mas durante a fuga, cometeu um erro fatal: perdeu o celular, que caiu perto do veículo incendiado.
As investigações se aceleraram quando testemunhas reconheceram o suspeito, e as autoridades começaram a coletar informações cruciais para sua localização. O celular deixado no local foi uma pista importante para confirmar sua identidade, e os policiais utilizaram as informações disponíveis para rastrear o homem. Com o apoio de câmeras de segurança e relatos de moradores, o cerco foi montado e o homem foi encontrado em um hotel no centro de Chapecó, onde estava dormindo.
Ao ser detido, o homem estava com roupas cobertas de fuligem, um indício claro de que esteve em contato com o incêndio. A PM também verificou que ele já possuía um histórico de comportamentos violentos. Em 2021, o suspeito foi envolvido em um caso de tentativa de homicídio, e seu comportamento agressivo e ameaçador já era motivo de preocupação para a ex-companheira, que havia solicitado a medida protetiva.
Esse episódio se insere em uma triste realidade de violência doméstica, onde medidas legais de proteção nem sempre são suficientes para garantir a segurança das vítimas. A medida protetiva, que é uma ferramenta legal importante para a segurança de quem está em risco, não impediu que o homem agisse de forma violenta, evidenciando a urgência da implementação de estratégias mais eficazes para combater a violência contra as mulheres.
O caso também reflete a crescente violência nos centros urbanos e a constante pressão sobre as autoridades locais para lidar com crimes de ódio e vingança, frequentemente alimentados por desentendimentos pessoais e rancores não resolvidos. A prisão em flagrante do suspeito, embora um passo importante para a justiça, é apenas o início de um processo judicial que deve servir para garantir a segurança da vítima e reforçar a necessidade de medidas de prevenção mais robustas.
O suspeito foi encaminhado à Central de Plantão Policial de Chapecó, onde está à disposição da Justiça. Ele deverá responder pelos crimes de incêndio e danos materiais, além de ser investigado por possíveis outras acusações relacionadas à violência doméstica. A Polícia Civil continuará acompanhando o caso para que ele seja punido conforme a gravidade dos seus atos.
Esse episódio também levanta questões sobre a eficácia das políticas públicas voltadas à proteção de vítimas de violência doméstica e a importância de um acompanhamento mais próximo para evitar tragédias como essa. O caso é um lembrete de que é fundamental continuar a luta contra a violência e a impunidade, principalmente em cenários de violência doméstica onde as mulheres ainda são as maiores vítimas.