quarta-feira, outubro 1, 2025
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Fisiculturista morto em Chapecó foi vítima de crime brutal por ciúmes

Apurações revelam mais de dez golpes de faca, motivação por ciúmes e descartam legítima defesa. Autora já tinha condenação anterior por latrocínio

Foto: Divulgação | Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios (DH), concluiu a investigação sobre a morte do personal trainer e fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, ocorrida no dia 7 de setembro de 2025, em Chapecó. O inquérito aponta que ele foi vítima de homicídio doloso qualificado, praticado por sua esposa, motivado por ciúmes e de forma que impossibilitou a defesa da vítima.

O corpo de Aita foi encontrado completamente nu e ensanguentado na escada do prédio onde morava, no Centro de Chapecó. A perícia constatou que ele foi atacado com mais de dez golpes de faca, sendo três deles potencialmente letais, incluindo uma facada no pescoço que atingiu a jugular. Exames também indicaram cortes nas mãos da vítima, sugerindo que ele tentou segurar a lâmina durante a agressão.

Conforme a investigação, o primeiro golpe foi desferido de surpresa, quando a vítima ainda estava acordando, o que inviabilizou qualquer reação, mesmo com seu porte físico avantajado. Após os golpes iniciais, o fisiculturista tentou fugir, deixando rastros de sangue no prédio, mas acabou caindo e desmaiando na escada, onde recebeu novas facadas no rosto.

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Motivação e provas

O inquérito aponta que a motivação do crime foi passional. Mensagens de texto, áudios e vídeos revelam que a autora desconfiava de traição e chegou a ameaçar o companheiro com frases como “ele vai pagar pelo que estava fazendo comigo”, além de usar emojis de faca em mensagens enviadas nas semanas anteriores ao crime.

A polícia também descobriu que a investigada monitorava o marido clandestinamente dentro do próprio apartamento e chegou a fotografá-lo dormindo para intimidá-lo. Em um áudio recuperado, a vítima chegou a dizer que, “se algo acontecesse”, deixaria registrado que a companheira seria a responsável.

Prisão e histórico da investigada

A mulher foi presa em flagrante no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada. Além disso, havia contra ela um mandado de prisão em aberto por participação em um latrocínio ocorrido no Rio Grande do Sul, em 2019, pelo qual já foi condenada a mais de 15 anos de prisão.

Perfil da vítima

Natural de Santa Maria (RS), Valter Aita era personal trainer e multicampeão de fisiculturismo, bastante conhecido em Chapecó e nas redes sociais por suas conquistas esportivas.

Próximos passos

Com a conclusão do inquérito, o caso será encaminhado ao Tribunal do Júri. Caso condenada, a autora pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão, pena que será somada à condenação anterior.

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