Estiveram na manhã desta sexta-feira (10), no Grupo Condá de Comunicação, o Delegado Geral de Polícia Civil de Santa Catarina, Marcos Flávio Ghizoni Júnior, e o Coordenador da Delegacia de Fronteira, Fernando Callfass. Em entrevista à jornalista Raquel Lang, os convidados falaram sobre os números de crimes contra a mulher que ocorrem no Estado.
Segundo o Delegado Fernando Callfass, a violência contra a mulher segue em todo o Estado, com uma grande frequência na região Oeste. Conforme Callfass, a função da Polícia Civil é investigar todos os fatos, pois é um dos crimes que mais acontecem em Santa Catarina.
De acordo com o delegado geral de Polícia Civil, quando há uma agressão entre marido e mulher, a autoria já está clara, mas precisam ser colhidas provas para que o crime seja concretizado.
“A mulher muitas vezes não sabe que passa por uma relação tóxica, quando o homem a trata como uma propriedade, ele começa a entrar em uma escala de violência que termina com agressão física, e não rara às vezes eu mesmo atendi mulher que disseram pra mim ‘a partir do momento em que ele me deu o primeiro tapa eu compreendi o que estava acontecendo’ ”, disse o delegado.
Ghizoni ainda destacou que a mesma mulher relatou que foram cerca de seis anos juntos, e que o marido não deixava ela conversar com as amigas e sempre queria olhar o celular, o que ela achava que eram ciúmes.
“As coisas vão evoluindo de uma forma que a violência física e uma ponta do iceberg do que está acontecendo de uma grande profundidade, e quando vem a Lei Maria da Penha a Polícia Civil tem que se adaptar muito rapidamente, pois temos que usar a nossa força em uma relação familiar e isso é muito complexo”, relatou Ghizoni.
O delegado geral destacou que por trás disso sempre estão os filhos do casal e por isso ela se sente culpada pelos fatos. E por isso o trabalho da civil é fazer com que todas as mulheres saibam quando esses acontecimento vem à tona, e por esse motivo as mulheres devem fazer as denúncias.
Assista a entrevista na íntegra:
