Foto: Divulgação/Polícia Civil Foto: Divulgação/Polícia Civil
Na última segunda-feira (24), Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação Criminal de Fronteira (DIC) concluiu o Inquérito Policial instaurado para investigar o caso de um homem, de 37 anos, que foi baleado no interior de uma lanchonete, na rua Clevelândia, no Centro de Chapecó (SC). Conforme informações do delegado da DIC, Vagner Papini, o fato aconteceu por volta das 20h30min do dia 31 de maio de 2023.
Conforme o delegado, no dia do crime, o autor teria deixado o estabelecimento comercial e retornado minutos depois, com um revólver. Sem falar nada, ele efetuou quatro disparos de arma de fogo em direção à vítima. Logo depois, ele fugiu do local.
“Pela análise das imagens captadas pelas câmeras de vigilância instaladas nas proximidades do local do crime, os policiais civis da DIC-Fron lograram identificar o autor (um homem de 45 anos de idade), que foi interrogado pela autoridade policial responsável no dia 16 de junho de 2023, na companhia de advogado constituído, vindo a apresentar, juntamente de dois cartuchos intactos, a arma de fogo, do tipo revólver, de calibre .38 SPL, utilizada como instrumento da infração penal”, detalhou Papini.

Segundo o delegado, em interrogatório, o homem admitiu o crime e argumentou que fez os disparos, porque se sentiu humilhado e ofendido, diante da recusa, por parte do proprietário do estabelecimento, em lhe servir um lanche.
O proprietário do estabelecimento, por sua vez, em depoimento, justificou que o motivo da recusa no atendimento se deu porque o autor chegou à sua lanchonete com uma garrafa de cerveja, que fora adquirida em outro local.
“Segundo apurado, o autor, então, teria saído do estabelecimento, jogado a garrafa de cerveja que carregava consigo no lixo e retornado ao seu interior. Contudo, ainda assim, não logrou ser bem atendido, oportunidade em que discutiu com a vítima. Tal situação teria motivado o autor a ir até a sua residência, tomar posse de sua arma de fogo, retornar ao estabelecimento e, por fim, praticar o crime”, informou Papini.
Conclusão da Polícia Civil
Conforme o delegado Vagner Papini, ao final das investigações, a Polícia Civil entendeu que a vontade e a consciência do atirador não estavam voltadas à consumação do homicídio, tanto é que, ao invés de desferir os disparos contra o corpo e/ou a cabeça da vítima, ele mirou e a acertou na perna esquerda, razão pela qual foi indiciado pelo crime de lesão corporal de natureza grave.
O Inquérito Policial, que documenta todas as diligências realizadas pela Polícia Civil, já foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis.