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Caso Valdemar Hoeckler: Delegado diz que entrevista com mulher que matou e congelou o marido foi para promover comoção pública

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A mulher que confessou ter assassinado o marido e depois colocado dentro de um freezer no município de Lacerdópolis, no Oeste de Santa Catarina, continua presa. Em entrevista concedida a Rádio Catarinense de Joaçaba, nesta terça-feira (22), o delegado Gilmar Bonamigo afirmou que ainda não se consegue atestar com precisão a causa morte.

A polícia vai aguardar os laudos de sangue que podem apontar a causa. Durante depoimento na delegacia a mulher, segundo o delegado, não mostrou nenhum tipo de arrependimento, e mostrava-se tranquila pelo fato de ser presa, disposta a cumprir a pena, pois depois deste período reclusa não teria mais ninguém que pudesse oferecer perigo.

O que chamou a atenção da Polícia, e da imprensa regional, foi o fato da professora Claudia Hoeckler ter concedido uma entrevista para um canal do Youtube apresentado por um roteirista e diretor de mais de 40 séries de ficção. Em Joaçaba, no dia em que ela se apresentou, ela não concedeu entrevista aos jornalistas que estavam na porta da delegacia.

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O delegado Gilmar Bonamigo revelou em entrevista a Rádio Catarinense que Claudia viajou a Curitiba/PR para participar da gravação que foi publicada na segunda-feira, dia 21, um dia depois que o corpo foi encontrado dentro do freezer.

Para o delegado esta “entrevista”, com duração de cerca de 1h, onde é feita uma abordagem longa da vida dela e do casal, para no final falar do crime, teve por finalidade promover uma “comoção pública” a favor da autora.

As equipes de segurança se mostraram indignadas também com o fato dela não ter comunicado de imediato o que havia acontecido, deixando um grande efetivo de bombeiros, policiais, voluntários, cães e outros procurando.

O delegado disse que vai pedir que a prisão temporária seja convertida em preventiva.A prisão preventiva encontra-se regulada no Código de Processo Penal (CPP) e, ao contrário da prisão temporária, não possui prazo máximo disposto em lei e pode ser decretada tanto na fase de investigação quando na de processo.

O que diz a defesa

Um escritório de advocacia de Curitiba/PR está também trabalhando na defesa da mulher que confessou ter assassinado o marido. O advogado paranaense Claudio Dalledone disse que a colocação feita pelo delegado não é aceitável: “É uma colocação esdrúxula, querendo colocar reparo no trabalho da defesa, pois o que desejava o delegado é o que infelizmente tem se notabilizado dentro da crônica policial, eles gostam de prestar uma versão, fechar a grade e o acusado que depois venha se virar da maneira como quiser para prestar a sua defesa”.

Questionado porque se optou em fazer a entrevista com um canal de São Paulo, para que ela contasse sua versão, o advogado Claudio Dalledone disse que tinha contato com o comunicador, onde ela pode falar o que aconteceu ao longo de cerca de 60 minutos.

Claudio considerou as críticas feitas pelo delegado como vazias: “O choro é livre, cabe a ele criticar, mas nos cabe também apontar estes defeitos e falhas que ocorreram dentro do que a polícia deveria ter feito e não o fez”.

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