A Vigilância Epidemiológica de Chapecó emitiu um alerta na quarta-feira (20) para um surto da “Síndrome Viral Mão – Pé – Boca”, que foi registrada nas escolas do município. De acordo com a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Chapecó, Lilian Galão, nos últimos 30 dias foram cerca de 40 casos em cinco escolas de Educação infantil.
“É uma doença viral de contágio muito rápido e atinge principalmente a faixa etária de 0 a 5 anos, que são as crianças que estão no início da idade escolar. Como ela tem uma viralidade muito alta ele se espalha rapidamente e por conta disso fizemos uma notificação as escolas para orientar as famílias sobre os cuidados”, destacou Lilian
Segundo a coordenadora, a doença apresenta lesões na boca, mãos, pés e região glútea, podendo surgir em outros locais e pode apresentar febre, vômitos e diarreia. A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados.
“No mês de outubro a gente teve 40 casos e destes 29 foram notificados na última semana. Foram seis escolas notificantes no mês e destas quatro foram na última semana, com isso percebemos que houve um afrouxamento nas medidas de prevenção e por conta disso a reorientação dos cuidados”, disse a coordenadora.
Lilian informou que não se trata de uma doença grave, mas ela causa um desconforto muito grande às crianças em decorrência das lesões na pele, principalmente na região da boca, mão, pé, genitais e região perianal.
“Ela pode causar dor e coceira na medida em que a doença vai evoluindo, por conta disso as orientações. Ela não é uma doença muito letal salvo que em alguns casos as medidas podem exigir um tratamento mais próximo”, finalizou Lilian.
SÍNDROME MÃO PÉ E BOCA
É uma doença viral, altamente contagiosa, que ocorre frequentemente em crianças menores de 5 anos.
Como ocorre a transmissão?
- Secreção nasal ou da garganta;
- Saliva (beijos ou bebidas compartilhadas);
- Fluído das lesões bolhosas;
- Fezes;
- Gotículas respiratórias no ar (tosse ou espirro).
Quais os sintomas?
- Febre alta (dias antes do surgimento das lesões);
- Feridas (erupção de pequenas bolhas) nos pés, mãos e boca, podendo também ocorrer nas nádegas e na região genital;
- Dificuldade para engolir, salivação, falta de apetite, mal-estar, vômitos e diarreia;
- Na boca, amígdalas e faringe: manchas vermelhas com pequenas bolhas branco-acinzentadas no centro, que podem evoluir para lesões muito dolorosas, alguns medicamentos podem auxiliar no alívio da sintomatologia.
- O vírus costuma desaparecer sozinho em 10 dias.
Quais os cuidados?
- Lavar as mãos com frequência com água e sabão, especialmente antes de se alimentar e após manipular fraldas e usar o banheiro;
- Usar álcool em gel;
- Lavar com água e sabão as superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com as secreções e/ou fezes e logo depois desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (uma colher de sopa de água sanitária diluída em quatro copos de água limpa).
- Utilizar etiqueta respiratória, cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir (usar lenço ou papel para espirrar ou tossir e após lavar as mãos, desprezar lenço ou papel na lixeira);
- Afastar as crianças ou adultos doentes das atividades diárias, enquanto apresentarem sintomas.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar à doença, indicar tratamentos e receitar medicamentos. As informações disponíveis possuem apenas caráter educativo.
