
Em visita institucional à cidade de Chapecó, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), Dr. Vanio Lisboa, fez um alerta contundente sobre as condições de trabalho enfrentadas por médicos em toda a região Oeste do Estado. Segundo o dirigente sindical, a contratação de profissionais da saúde por meio de pessoa jurídica, sem garantias trabalhistas e com remunerações abaixo do esperado, tornou-se prática recorrente — e preocupante.
“Chapecó é uma cidade polo, com grande demanda de serviços médicos. É inadmissível que profissionais altamente qualificados estejam sendo contratados de maneira espúria, sem vínculo empregatício formal e com salários que não condizem com a responsabilidade da função”
afirmou Lisboa.
Durante sua passagem pela cidade, o presidente do Simesc reuniu-se com membros da diretoria regional do sindicato e organizou encontros com médicos atuantes na Grande Chapecó. O objetivo foi ouvir relatos diretos sobre os desafios enfrentados no exercício da profissão, especialmente após a pandemia.
Lisboa também relembrou o impacto da Covid-19 sobre a categoria.
“Enfrentamos a pandemia de peito aberto. No Estado, perdemos 56 colegas infectados no exercício da profissão. Esses profissionais não se omitiram diante do risco. E agora, passados os momentos mais críticos, o mínimo que se espera é respeito e dignidade na contratação e na remuneração.”
O Simesc reforça seu papel de representação em nível estadual e promete intensificar a luta por melhores condições de trabalho para os médicos catarinenses. A entidade pretende levar as denúncias adiante e pressionar clínicas, hospitais e gestores públicos para que haja regularização dos vínculos e valorização da atuação médica.
“O sindicato está atento, presente, e vai continuar cobrando respeito e justiça para os médicos que cuidam da população catarinense”
concluiu Lisboa.