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Paciente com Covid-19 diz ter ficado 32 horas sem alimento no HRO, em Chapecó

Márcio relatou a experiência em vídeo Foto: Reprodução/ClicRDC

O morador de Chapecó, Márcio Copeski, de 39 anos, gravou um vídeo que circula nas redes sociais sobre o atendimento que teve no Hospital Regional do Oeste (HRO). Márcio buscou o Hospital após ser diagnosticado com a Covid-19 na madrugada de sábado (21). Segundo o paciente, durante o tempo que ele ficou na unidade hospitalar – cerca de 32 horas – ele não recebeu alimentação ou descanso. 

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Ele relatou ao ClicRDC que deu entrada no Hospital por volta das 00h47, pois apresentava dores no corpo e estava com a respiração pesada. “Fui fazer exame de raio-x para ver a situação dos pulmões, que estava me preocupando”, conta. 

De acordo com ele, o exame de raio-x foi realizado por volta das 2h da madrugada e o resultado foi emitido na hora. Entretanto, na manhã de sábado, por volta das 8h, ele diz que foi comunicado que precisaria realizar exame de sangue e urina. Segundo o relato do homem, a equipe do Hospital informou-o que o resultado demoraria cerca de duas horas para sair, porém, foi divulgado apenas por volta das 18h30. Ele conta, ainda, que recebeu alta do médico às 18h59, mas foi liberado apenas às 20h02. “Foi uma hora e pouco só para liberar a minha alta, sendo que o doutor já tinha liberado e tudo”. disse. 

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“Eu, após 32 horas hospitalizado no Hospital Regional do Oeste (HRO), sem um pingo de alimentação, eu ainda tenho um pouquinho de força para gravar este vídeo. É um descaso com a população chapecoense o que está acontecendo e eu não posso deixar isso passar em branco”, conta Márcio, no vídeo. 

Veja o vídeo completo com o relato do paciente: 

Ele destaca que o desabafo não é direcionado para os enfermeiros, médicos e demais funcionários do Hospital, mas a situação à qual foi submetido. “Ontem e hoje tinha um plantonista para atender urgência, emergência, Covid, internados e assim mais. Eles fazem o que podem”, afirma. 

Ainda de acordo com o relato de Márcio, muitas pessoas que aguardavam o atendimento, que também estavam diagnosticadas com a Covid-19, deixavam o hospital devido ao tempo de espera. “Teve bastante gente que levantou e foi embora. Idosos, com 70 anos de idade, que estavam com todos os sintomas, pessoas confirmadas com Covid, foram embora sem o atendimento”.

O que diz o HRO

Em nota enviada na segunda-feira (23), o Hospital Regional do Oeste informou que “todo paciente recebe atenção médica especializada, sendo que a conduta sobre ingestão de sólidos e/ou líquidos, segue rigoroso comprometimento buscando melhor atendimento que cada caso assim requeira”. O Hospital ressaltou, também, que não se exime das responsabilidades técnico-profissionais e reforçou cuidados indicados pelo Ministério da Saúde. Veja a nota na íntegra no final desta matéria.

Lotação da UTI

Também na segunda-feira, o HRO informou que a UTI geral – usada para o tratamento de outras doenças que não são a Covid-19 – está superlotada. Entre domingo (22) e está segunda-feira (23), as equipes do HRO realizaram 93 atendimentos no Pronto Socorro e 246 internações – sendo que 16 pessoas aguardam por leitos no Pronto Socorro e duas na sala de recuperação. Já na UTI destinada para a Covid-19, dos 40 leitos habilitados, 29 estão ocupados. 

Nota do HRO na íntegra

Chapecó/SC, 23 de novembro de 2020, segunda-feira – Em virtude da livre manifestação de pacientes acerca de procedimentos intra hospitalares sobre nutrição e dietética enquanto estar em atendimento, quer seja no pronto socorro e/ou internado no Hospital Regional do Oeste (HRO), assim esclarecemos:

1. Todo paciente recebe atenção médica especializada, sendo que a conduta sobre ingesta de sólidos e/ou líquidos, segue rigoroso comprometimento buscando melhor atendimento que cada caso assim requeira;

2. Quer seja em tempos de pandemia ou não, todo cidadão tem o compromisso constitucional de zelar pela própria saúde, bem como zelar pela observância das orientações sanitárias, seja individual ou coletiva;

3. Em nenhum momento Hospital Regional do Oeste exime-se de suas responsabilidades técnico profissionais no que tange à observância em defender a vida em todos seus sentidos, atuando de forma a não incorrer em negligência, imprudência, imperícia.

Direção técnica e administrativa do HRO reiteram para que a comunidade atente, observe e mantenha conduta para cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde, tais como:

• Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%. Essa frequência deve ser ampliada quando estiver em algum ambiente público (ambientes de trabalho, prédios e instalações comerciais, etc), quando utilizar estrutura de transporte público ou tocar superfícies e objetos de uso compartilhado.

• Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com a parte interna do cotovelo.

• Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção fácil com as mãos não higienizadas.

• Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara, higienize sempre as mãos como já indicado.

• Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre pessoas em lugares públicos e de convívio social. Evite abraços, beijos e apertos de mãos. Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.

• Higienize com frequência o celular, brinquedos das crianças e outro objetos que são utilizados com frequência.

• Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e copos.

• Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.

• Se estiver doente, evite contato próximo com outras pessoas, principalmente idosos e doentes crônicos, busque orientação pelos canais on-line disponibilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de saúde e siga as recomendações do profissional de saúde.

• Durma bem e tenha uma alimentação saudável.

• Recomenda-se a utilização de máscaras em todos os ambientes.  As máscaras de tecido (caseiras/artesanais), não são Equipamentos de Proteção Individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física, em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas.• use máscara; higienize mãos com álcool gel 70%; evite aglomerações; mantenha distância recomendada ao dialogar; evite tocar olhos, boca, narinas sem antes higienizar as mãos; respeite sua vida e a vida do semelhante.

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