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Mãe coloca adesivos em escola de SC para ajudar filho autista na adaptação

(Foto: Reprodução NSC)

Informações G1

Para facilitar o processo de adaptação na rotina escolar e estimular os estudos, a mãe de um autista desenvolveu adesivos que mostram sequências de atividades dentro da sala de aula e de ambientes de uso comum. A proposta, que tem como objetivo facilitar a comunicação entre todos na unidade que fica em Timbó, no Vale do Itajaí, envolve um processo em direção à inclusão ainda cercada de desafios. Nesta terça (2) é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Com desenhos que reproduzem expressões, os adesivos mostram como usar o banheiro, prestar ajuda ao professor, ter disciplina com os horários, entre outros. A ideia de Juliana Lanser Mayer foi de levar algumas figuras que demonstram regras, que já eram utilizadas dentro de casa com o filho Rafael, para a Escola Municipal Padre Martinho Stein. Na unidade estudam outras quatro crianças autistas.

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As imagens e os desenhos permitem que Rafael, de 6 anos, reconheça a ordem das atividades que precisa desempenhar logo no início do primeiro ano.

“Ele é muito visual, isso o ajuda a seguir a ter uma rotina, o que é importante para que ele não se desorganize e os cartazes servem como uma base”, afirma a mãe.

Envolvimento

Além da mãe, o desafio da inclusão envolveu professores e até mesmo a direção da escola. Antes do início das aulas, a mãe disse que foi até a unidade para conversar e também colar os adesivos nos principais pontos, como o pátio principal.

“Nós precisamos conhecer as particularidades da criança para saber de que forma vamos atuar para que o aluno aprenda de fato, para que ele esteja integrado, para que de fato ocorra a inclusão na escola. Eu acredito que os pais mais próximos da escola, dos professores, da equipe diretiva, ajudam muito”, disse a professora do Rafael, Cláudia Michelli.

Para Juliana, que também é presidente do grupo de apoio educacional AutismoS, a simples alternativa pode ser replicada por outras famílias e escolas. Além disso, ela destaca que os resultados já podem ser percebidos no comportamento social, na comunicação e na linguagem.

“O principal que eu aprendo com ele é me transformar todos os dias em uma pessoa melhor, principalmente acreditar no potencial de todas as pessoas porque quando eu acreditei no potencial dele, ele evoluiu de um autista severo, hoje ele não é tão severo assim. Hoje ele já fala, antes ele não falava. Então ele fez eu acreditar num mundo melhor, a lutar pelo o que eu acredito e a ser uma pessoa com mais resiliência, que eu acho que é o que a gente precisa”, disse.

Os materiais utilizados pela família de Rafael estão disponíveis na internet e podem ser acessados no site.

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