A chegada do Carnaval é sempre um período importante de alerta para a prevenção das IST, como são chamadas as infecções sexualmente transmissíveis. Causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual, sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), cresce mais entre os jovens brasileiros, principalmente entre 15 a 24 anos, população mais afetada, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022. Já a maioria dos casos de infecção pelo vírus no país é registrada na faixa de 20 a 34 anos (52,7%). Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia há mais de 1 milhão de novos casos de IST curáveis entre pessoas de 15 a 49 anos. Isso equivale a mais de 376 milhões de novos casos anuais de quatro infecções.
Para falar sobre como prevenir as IST no período carnavalesco, o ClicRDC conversou com o presidente do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (GAPA), Dirceu Hermes, que informa sobre os trabalhos desenvolvidos pelo órgão, “ É importante que no Carnaval as pessoas se conscientizem que depois da folia vem todos os reflexos, e uma das questões preocupantes pro GAPA é a questão do sexo desprotegido e que pode acarretar em alguns transtornos posterior como HIV. outras infecções sexualmente transmissíveis outras vícios como a gonorreia, sífilis, que devem ser sempre se preocupar com relação ao momento do Carnaval. É importante então que as pessoas procurem colocar a camisinha com malhado no carnaval, mas também é importante que as pessoas conheçam a questão da PEP e a PREP que está disponível hoje nas unidades de saúde”, ressalta Hermes.
Dirceu explica também a importância da realização dos testes, “ importante alertar a população sobre a importância do teste, o teste de HIV é gratuito realizado nos postos de saúde com todo sigilo, com toda segurança, o profissionalismo dos profissionais de saúde existe e que ninguém deixa de se preocupar com a questão do HIV, quem não quer ir a uma unidade de saúde. esclarece.
Conheça o GAPA Chapecó
O GAPA é uma organização não governamental que foi criada em 1989, durante o ápice da pandemia do HIV, e no momento em que não se sabia muito bem qual era a realidade da doença, bem como também a dimensão da doença. E ele surge justamente como um grupo de apoio e para dar suporte às pessoas que se viam em situação de vulnerabilidade e principalmente essas pessoas que estavam diante do diagnóstico do HIV e que sofriam todos os tipos de preconceito.
Desde 1989, o GAPA, pauta suas ações, em questões como contribuição para que desacelere a infecção do vírus. Contribuiu para que também se desmistifique o preconceito e o estímulo da doença, o preconceito que faz com que as pessoas não assumam sua sorologia ainda presente até os dias de hoje e também, contribuir para que políticas públicas fossem instituídas no atendimento e no amparo às pessoas, que vivem e convivem com o HIV.
Ao longo de sua trajetória o GAPA manteve o foco na questão da prevenção, nas campanhas de conscientização. O GAPA mantém a questão do HIV, mas percebe-se que as políticas públicas avançaram muito, nós temos uma estrutura de atendimento em Chapecó através do site, o serviço de referência.
GAPA possui uma estrutura que atende em sua plenitude percebe então que tem outras frentes como trabalhar a questão da violência, exploração sexual infanto-juvenil, num projeto que nós denominamos faça parar, é uma parceria com o Fórum Municipal pelo fim da violência, exploração sexual, trabalhamos também a questão dos adolescentes multiplicadores em escolas para que se tenha essas informações sobre a forma de transmissão e como prevenir.
