segunda-feira, outubro 27, 2025
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Anvisa aprova Mounjaro para apneia do sono e amplia opções de tratamento no Brasil

Com princípio ativo tirzepatida, Mounjaro é o primeiro medicamento autorizado no Brasil para tratar apneia do sono e pode beneficiar milhões de pessoas

Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do medicamento Mounjaro para o tratamento da apneia do sono em adultos com obesidade. A decisão foi publicada na última segunda-feira (20) no Diário Oficial da União, após a assinatura da resolução na sexta-feira (17). O remédio, que tem como princípio ativo a tirzepatida, seguirá sendo vendido somente com prescrição médica.

Produzido pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro, já era utilizado no Brasil para o controle do diabetes tipo 2 e para o tratamento da obesidade. Agora, passa a ser o primeiro medicamento reconhecido como terapia específica para a apneia do sono.

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por pausas repetidas na respiração durante o descanso noturno, causadas por bloqueios parciais ou totais das vias aéreas. Entre os sintomas mais comuns estão ronco intenso, sono agitado e cansaço durante o dia, e a condição aumenta o risco de problemas cardiovasculares.

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A decisão da Anvisa se baseou em estudos clínicos que apresentaram resultados expressivos. Uma pesquisa publicada em 2024 na revista New England Journal of Medicine mostrou que o uso da tirzepatida reduziu significativamente o número de interrupções respiratórias e melhorou a oxigenação do sangue. De acordo com a fabricante, cerca de 50% dos pacientes tratados deixaram de apresentar sintomas associados à apneia.

Além de reduzir os episódios de apneia, o tratamento também proporcionou diminuição do peso corporal e melhora de fatores metabólicos, com efeitos colaterais, em sua maioria, leves e relacionados ao sistema gastrointestinal.

Os testes clínicos de fase 3 mostraram que o medicamento foi cinco vezes mais eficaz que o placebo na redução das pausas respiratórias em pacientes que não utilizavam o CPAP, aparelho usado para manter as vias aéreas abertas durante o sono. Em média, os participantes perderam 20% do peso corporal e tiveram uma redução de até 30 interrupções respiratórias por hora.

Com essa aprovação, o Mounjaro amplia as opções terapêuticas disponíveis no país, oferecendo uma alternativa para pacientes que antes dependiam exclusivamente de dispositivos como o CPAP, e promete melhorar a qualidade de sono e a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

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