Informações G1
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu da Polícia Federal (PF) um inquérito que investiga o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pela suposta prática de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
O inquérito mira “negociações relâmpagos” de imóveis que, segundo as investigações, resultaram no aumento patrimonial de Flávio.
As suspeitas são que o senador lavou dinheiro por meio da compra de imóveis e declarou à Justiça Eleitoral o valor de um apartamento abaixo do preço real.
O caso corria em sigilo no Rio de Janeiro e foi remetido à PGR após Flávio ter sido eleito senador.
Em nota, Flávio Bolsonaro disse que a denúncia é “desprovida de fundamentação”. Afirmou ainda que foi feita por um advogado ligado ao PT “com o único intuito de provocar desgaste político oas adversários” (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).
Agora, caberá à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidir se encaminha o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou se mantém as apurações na primeira instância.
A PGR informou que o caso será analisado “sob a ótica” do recurso julgado no Supremo que restringiu o foro privilegiado de deputados e senadores a crimes cometidos no exercício do mandato e relacionados à função.
Como as investigações foram abertas antes de Flávio assumir o mandato de senador, para o qual foi eleito em outubro do ano passado, a tendência é de o inquérito fique na primeira instância. Até 2018, ele era deputado estadual no Rio.
Em maio do ano passado, o STF reduziu o alcance do foro privilegiado de deputados e senadores somente para aqueles processos sobre crimes ocorridos durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo parlamentar.