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“Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidava” fala ex-PGR sobre ministro Gilmar Mendes

Com informações de Revista Veja e Agência Brasil

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Em entrevista a Revista Veja, Rodrigo Janot (direita) disse que foi armado a uma sessão do STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes (esquerda) -Fotos: Antonio Cruz/Agência Brasil e Marcelo Carmargo / Agência Brasil

Nesta sexta-feira (27), a Revista Veja divulgou uma matéria com uma entrevista de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República. Nela, Janot afirma que quase assassinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. “Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidava” disse o ex-PGR. O fato ocorreu em maio de 2017, no auge da operação Lava-Jato.

Vários fatos ocorridos em maio de 2017 colocaram a operação Lava-Jato no seu auge, como: a primeira audiência do ex-presidente Lula, com o juiz Sergio Moro e a delação premiada dos donos da JBS, que impactaram a política brasileira.

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Foto: Agência Brasil

Segundo a Revista Veja, do dia 11 de maio de 2017, Rodrigo Janot, chefe da operação Lava-Jato em Brasília foi a uma sessão do STF decidido a matar Gilmar Mendes. A atitude extrema de Janot foi fruto de todo um embate com o ministro do STF.

Conforme a reportagem da Revista Veja, o período mais conturbado da relação dos dois foi, após, um processo que envolvia o empresário Eike Batista. Janot pediu ao STF que impedisse Mendes de atuar no processo. Para o procurador, a esposa do ministro, Guiomar Mendes, trabalhava no mesmo escritório de advocacia que defendia o empresário.

Logo após esse episódio, notícias de que a filha de Janot era advogada de empreiteiras envolvidas na Lava-­Jato surgiram na imprensa. Para o procurador, Gilmar Mendes foi quem plantou a informação e neste momento ele decidiu matá-lo.

“E tudo na vida tem um limite e eu cheguei no meu limite! Fui armado, minha ideia era que ia dar um tiro na cara dele [Ministro do STF Gilmar Mendes] e depois me suicidava, na ante sala do Supremo [Supremo Tribunal Federal (STF)] e fui armado. Quando eu chego na ante sala do Supremo, esse ministro costuma chegar atrasado, ele tem uma atividade, eu não vou dizer político-partidário, mas tem uma atividade muito intensa que não é judiciária. Quem é que estava na sala? Ele! Eu falei, ‘tá ai, a energia do destino me levou até aqui’. Tirei [a arma], engatilhei e fui para cima dele. Eu sou destro, ai quando eu procuro o gatilho, o meu dedo ficou paralisado, ai eu mudei de mão, fui para a esquerda e meu dedo paralisou de novo. Eu falei ‘isso é um sinal’. Chamei o meu secretário executivo e disse a ele manda o Andradinha [O vice-procurador-geral da República na época, José Bonifácio Borges de Andrada] vir, que eu não estou passando bem e não vou fazer a sessão hoje do Supremo, mas foi por isso aqui”, declara Rodrigo Janot, em entrevista a Revista Veja.


Rodrigo Janot – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

PF fez operação de busca e apreensão na casa e escritório de Janot

A Polícia Federal (PF) realizou na tarde desta sexta-feira uma ação de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em Brasília. As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e ocorreram após as afirmações de Janot, em entrevista a Revista Veja. 

Na decisão na qual determinou as buscas, Moraes também suspendeu o porte de arma de Janot, proibiu o ex-procurador de se aproximar de integrantes da Corte, de entrar nas dependências do tribunal, além da apreensão da arma citada nas entrevistas. 

Mais cedo, ao tomar conhecimento das declarações, Gilmar Mendes pediu a Moraes, que é relator de um inquérito que investiga fake news e ofensas contra a Corte, a suspensão do porte de arma de Janot e a proibição de sua entrada no STF.

Em nota, Mendes declarou que Rodrigo Janot é “um potencial facínora” e questionou a forma como é feita a escolha do ocupante do cargo.

Rodrigo Janot foi procurador-geral da República por dois mandatos de dois anos, de 2013 a 2017. As duas indicações foram feitas pela então presidente Dilma Rousseff, após ele ter ficado em primeiro na lista tríplice elaborada por membros do Ministério Público. Nas duas ocasiões, Janot foi sabatinado e aprovado pelo Senado.

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