
Enquanto o STF voltará a avançar na próxima terça-feira (9) no julgamento que pode condenar Jair Bolsonaro e militares de alta patente por tentativa de golpe de Estado, o Congresso se move em outra direção: acelerar a tramitação de uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 incluindo o ex-presidente.
Conforme a newsletter The News, o movimento é liderado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível opositor de Lula (PT) em 2026, e o assunto tem “voado” nos bastidores do Congresso. A expectativa é tão grande que parlamentares aliados de Bolsonaro já acreditam ter votos suficientes para ser aprovada.
A discussão, no entanto, está no alcance da medida: a ala mais radical defende uma anistia ampla, capaz de beneficiar executores e planejadores da tentativa de golpe, o que poderia reverter até a inelegibilidade de Bolsonaro; já lideranças do Centrão trabalham por um texto mais calibrado para evitar um choque frontal com o STF.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) articula um projeto alternativo que não prevê perdão total, mas sim redução de penas. Na prática, a ideia é alterar a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito para diferenciar participantes dos atos: de quem planejou e financiou aos que apenas estavam presentes e não praticaram vandalismo.
Em resumo, enquanto o STF decide sobre a condenação, a política tenta escrever uma rota paralela, o que pode colocar Judiciário e Legislativo em rota de colisão. Outro ponto a ser considerado é a negociação interna do Centrão: agora que a federação União Progressista, formada pelo União Brasil e o Progressistas, anuncia o posicionamento de oposição ao governo Lula, os parlamentares das siglas aceitariam uma “anistia light”?
Terceira Guerra Mundial?
O Ministério da Saúde da França orientou hospitais a se prepararem para receber milhares de soldados feridos até março de 2026. Conforme o The News, a medida veio à tona após uma carta enviada às autoridades regionais, dizendo que os hospitais devem estar prontos para cuidar de 50 mil militares franceses e estrangeiros por períodos de 10 a 180 dias.
Além da rede hospitalar, a França considera criar centros médicos próximos a portos, estações e aeroportos para redirecionar soldados estrangeiros aos seus países de origem. O governo fala em precaução, mas o pano de fundo é a escalada de tensões militares na Europa, envolvendo países da OTAN e a Rússia.
Os sinais de preparação para um conflito, porém, não se restringem à França. Na Noruega, civis já participam de simulações para escapar de tanques russos, enquanto a Suécia distribui guias de sobrevivência às famílias, orientando sobre racionamento e bombardeios. Todo esse movimento ocorre meses após França e Reino Unido firmarem um acordo para coordenar ataques nucleares em caso de guerra, marcando a primeira vez que Paris se compromete a usar armas atômicas em defesa de aliados.
Recadinhos
O resumo do The News para o segundo dia de julgamento do núcleo 1 da trama golpista, que inclui Bolsonaro: advogados dos réus continuam insistindo na tese de parcialidade da 1ª turma do STF para julgar o caso.
Os advogados do ex-presidente afirmaram que ele é inocente e que não há provas que o liguem aos atos golpistas. A defesa criticou a rapidez do processo e a delação de Mauro Cid, considerada “inconfiável”.
O advogado do ex-presidente ainda afirmou que não vai permitir que o processo se torne uma “versão brasileira e atualizada do emblemático Caso Dreyfus”.
Já a defesa de Augusto Heleno citou um afastamento dele com o então presidente. Ao mesmo tempo, o advogado do general colocou Moraes numa posição de acusado ao questionar a imparcialidade do ministro.