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Após a coluna de ontem (11), que abordou a crise em pelo menos quatro cursos de graduação do Campus Chapecó da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com destaque especial para os cursos de Administração e Medicina, o ex-reitor da instituição, Marcelo Recktenvald, procurou a coluna para manifestar a opinião dele sobre o assunto, até pelo fato de ter sido indiretamente citado em minha fala sobre o tema. Esta é a primeira de duas colunas dedicadas a estas manifestações.
Marcelo afirma que, no período em que foi reitor da UFFS, entre 2019 e 2023, houve desafios orçamentários que afetaram as universidades federais em todo o país: “Embora houvesse limitações financeiras, priorizamos uma gestão eficiente e buscamos fontes complementares de orçamento, com apoio de emendas parlamentares e Termos de Execução Descentralizada (TEDs). Essa abordagem permitiu à universidade continuar operando com estabilidade, mesmo em meio à pandemia”.
Recktenvald sustenta que os conflitos ocorridos durante a gestão foram resolvidos internamente, “sem espetacularizações sensacionalistas que pudessem gerar temor à comunidade sobre um risco inexistente de fechamento de cursos importantes”. Marcelo defende que, havendo necessidade de mais recursos, como todos sabemos que é o caso, cabe ao reitor trabalhar na devida solução.
A título de exemplificação, o ex-reitor dá um exemplo próprio: “Em 2022, fui pessoalmente à Brasília prospectar recursos. Só de TEDs que não constam no orçamento discricionário, foram R$ 6,5 milhões, sem contar as emendas, que conseguimos de parlamentares de todos os espectros políticos, com destaque à deputada Caroline de Toni (PL-SC), que foi grande parceira da nossa gestão”.
Marcelo afirma que, durante a gestão dele como reitor da UFFS, não houve reclamações pela falta de dinheiro: “Sequer reclamamos. Tinha gestão, tinha equipe trabalhando. Os conflitos, à exceção do delírio de grupos políticos de esquerda, que tentaram destituir nossa equipe e reverberaram na mídia, foram todos geridos internamente. Nosso propósito foi fazer gestão técnica e comprometida com resultados. Com o suporte de uma equipe comprometida, conseguimos adotar diversas iniciativas de economicidade e eficiência”.
Recktenvald defende também os avanços acadêmicos que a gestão dele obteve para a universidade: “Durante nosso mandato, com o suporte de uma equipe qualificada e dedicada, trabalhamos para elevar os padrões institucionais nos programas de pós-graduação e na graduação, conquistando avanços significativos. Um exemplo notável foi a criação de doutorados que antes não existiam, e a melhoria nos conceitos dos programas de mestrado”.
Marcelo afirma que o foco do trabalho dele na UFFS esteve sempre em iniciativas de impacto social concreto, alinhadas às necessidades reais da população e às vocações regionais, evitando pautas ideológicas da agenda woke, “que é absolutamente desconectada dos desafios locais”.
- Estar hoje (12) no setor da Oncologia Pediátrica do Hospital Regional do Oeste foi um privilégio. Acompanhei a segunda de quatro visitas de jogadores da Chapecoense às crianças internadas com câncer na unidade hospitalar.
- Numa iniciativa que envolve a Chape, o HRO, e o Núcleo Formigas do Bem, da Sociedade Amigos de Chapecó (SACH), estas visitas fazem parte da campanha Novembro Dourado, de conscientização sobre o câncer infantil.
- Ver o sorriso, a esperança, e até a desconfiança das crianças e adolescentes internados é uma experiência única, facilitada por todos os investimentos que são realizados para que o espaço seja cada vez mais humanizado.
- Parabéns ao hospital, às Formigas e à Chapecoense, que levará os pacientes autorizados pelos médicos para entrarem em campo com os titulares do jogo decisivo contra o Coritiba, domingo (17), às 16h, na Arena Condá.