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O governo dos Estados Unidos, por iniciativa do presidente Donald Trump, liberou mais de 2 mil documentos da Agência Central de Inteligência (CIA), relacionados ao assassinato do presidente John Kennedy, em novembro de 1963. Conforme a newsletter The News, por anos, muitas informações ficaram em segredo, com muitas teorias sobre o caso.
Até agora, nada que apareceu nas páginas já lidas confirma qualquer teoria fora do que já se sabia sobre o magnicídio, mas alguns registros da Inteligência Americana chamaram atenção, incluindo do Brasil, principalmente no contexto da Guerra Fria. Os fatos a seguir foram levados em conta pela CIA na investigação do assassinato de John Kennedy.
Em 1961, Cuba e China ofereceram recursos para garantir que João Goulart assumisse a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, mas Leonel Brizola, ex-governador do Rio Grande do Sul, rejeitou a oferta. O Brasil foi um dos países envolvidos em ações para enfraquecer movimentos alinhados a Cuba e China, especialmente na América Latina.
Diplomatas brasileiros participaram de missões secretas com Miami e Havana, transportando itens e informações de inteligência. Em 1963, ano da morte de Kennedy, os Estados Unidos estavam preocupados com o avanço de grupos comunistas e planejaram ações para influenciar a opinião pública latino-americana. A CIA tentou enfraquecer um evento sindical em 1964 no Rio de Janeiro, mas não há informações se esta ação ocorreu antes ou depois do golpe de 31 de março e 1º de abril daquele ano.
A interferência estadunidense na política brasileira foi e é tão nefasta quanto a cogitação feita pela CIA de que talvez, quem sabe, o Brasil tivesse algo a ver com o magnicídio do homem responsável por quebrar muitos paradigmas nos Estados Unidos, e que por sua ousadia despertou a ira de quem o matou. Donald Trump, que quebrou o sigilo dos documentos, tem uma mentalidade que pode prejudicar seriamente o Brasil justamente pela influência geopolítica exercida e construída por décadas, através de diferentes governos.
Neste novo momento de disputas por influência no mundo, onde a China e os Estados Unidos seguem como protagonistas, surge a Rússia como uma terceira força, a qual tem extremo interesse de recuperar a força que tinha quando era União Soviética, e enredar a Europa Ocidental nos seus interesses. Enquanto isso, nós, latino-americanos, estamos quase condenados a atender aos interesses dos Estados Unidos. Quase. Se claramente for cobrado nosso direito à soberania, o interesse se torna uma negociação republicana.
- Foi muito bonito receber os relatos de diversos ouvintes da Condá FM hoje (20) por ocasião do Dia Mundial da Felicidade, entretanto, senti a ausência de mais menções a Jesus Cristo. Por quê será?
- Gusttavo Lima desistiu ontem (19), de ser candidato à Presidência em 2026, mas não descartou a vida política no futuro. Se eu fosse ele, não descartava o trabalho de marqueteiro de algum candidato no ano que vem.
- O STF formou maioria ontem, e rejeitou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro de tirar os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento do seu caso. Situação perigosa por causa da ligação dos ministros com Lula.
- Amanhã (21), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), estará no Grupo Condá de Comunicação entre 7h30 e 10h. Estaremos entrevistando o mandatário em profundidade, tratando dos temas de interesse da comunidade.