terça-feira, outubro 28, 2025
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Nos Estados Unidos, greve de servidor público é pior do que no Brasil

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Grupo Condá de Comunicação

Hoje (1º), entramos no 10º dia de greve nas gloriosas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Apenas na Agência Regional de Chapecó, quase 200 pessoas aderiram à paralisação, e em todo o Estado, são mais de 2 mil funcionários. Como o ClicRDC já noticiou, em Chapecó, existem clientes da estatal que estão há mais de 200 horas sem energia elétrica. Mas acredite, nos Estados Unidos, a coisa é bem pior.

Quando o Congresso não aprova o Orçamento, os Estados Unidos entram em modo “desliga”: o “shutdown”, ou seja, é uma espécie de greve que é imposta pelos deputados e senadores ao serviço público federal americano. Foi exatamente o que ocorreu ontem (30). Sem acordo no Legislativo para os gastos de 2026, o governo americano paralisou parte de suas atividades. Mais de 2 milhões de servidores estão sem pagamento imediato.

Conforme a newsletter The News, o Departamento de Trabalho suspendeu relatórios cruciais, incluindo o de empregos que guiam o Federal Reserve, que é o Banco Central dos Estados Unidos. O impacto lembra 2019, quando um “shutdown” de 35 dias no primeiro mandato de Trump custou US$ 11 bilhões à economia, sendo US$ 3 bilhões nunca recuperados.

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O principal ponto de atrito para esta ocasião é a saúde. Democratas defendem a renovação dos subsídios do Obamacare, que reduzem os custos dos planos de saúde para famílias de baixa renda. Sem o programa, 22 milhões de americanos podem sofrer uma alta média de 75% no valor do seguro já em 2026.

Os republicanos, por outro lado, defendem aprovar apenas a extensão dos gastos, sem incluir saúde no pacote, dizendo que o país não deve arcar com saúde para imigrantes ilegais. O próprio presidente Donald Trump reforçou isso: “nenhum país pode bancar saúde gratuita para todo imigrante ilegal que entra, e é exatamente isso que eles estão insistindo”.

Falando nele, já prevendo o shutdown, o Presidente dos Estados Unidos disse que “muitas coisas boas podem vir das paralisações” e que pretende o usar o período para cortar programas ligados aos democratas e “demitir muita gente”. De um lado, ele e sua base afirmam que o shutdown foi culpa dos democratas. Do outro, os democratas dizem que os últimos dois shutdowns do país foram em governos Trump, ocorridos em janeiro de 2018 e dezembro de 2019.

Durante o shutdown, serviços essenciais continuam, mas boa parte do governo trava. A Receita Federal americana reduz operações, parques e museus federais fecham e companhias aéreas já alertam para atrasos. Enquanto as brigas continuam em Washington, por uma simples questão de justiça, milhões de estadunidenses estão de braços cruzados e sem a garantia de voltar tão rapidamente ao trabalho. Imagina se uma coisa dessas acontece no Brasil…

  • Recadinhos
  • No Brasil, quase metade dos assinantes cancelou a TV paga nos últimos 10 anos. Um dos motivos? Cada vez mais pessoas preferem o streaming, e mais recentemente, as transmissões ao vivo pela internet.
  • Conforme o The News, esse mercado global de lives já vale quase US$ 100 bilhões, e pode triplicar até 2030. Na prática, esportes, eventos e conteúdos ao vivo já não são exclusivos da TV a cabo.
  • Apesar da TV paga não ter acabado, ela está evoluindo para o modelo das redes sociais e do YouTube.
  • E aí entra uma peça essencial: o televisor. Modelos com 4K, HDR10, Dolby Audio e sistemas inteligentes estão barateando no mercado com essa mudança de consumo, principalmente os modelos nacionais.
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