Sanções, tarifas e crise diplomática. Foi nesse contexto que o presidente Lula (PT) fez sua primeira visita aos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump, para abrir a 80ª Assembleia Geral da ONU. Ele falou sobre democracia, clima, guerras e soberania, com recados diretos a Washington, sendo o primeiro deles a citação a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como recado a “candidatos autocratas”.
Conforme a newsletter The News, Lula criticou países que resistem à regulação digital, acusando-os de proteger “interesses escusos”; chamou atenção para a pauta do clima, falando que a COP30, em Belém, será, a “COP da verdade”, e reforçou o convite aos presentes. Por fim, o presidente brasileiro chamou a resposta de Israel aos ataques do Hamas de genocídio e lamentou a ausência da Palestina no evento.
Minutos depois, foi a vez de Trump pegar todos de surpresa. O presidente dos Estados Unidos contou que encontrou Lula rapidamente nos corredores, que os dois se abraçaram e marcaram uma reunião para a semana que vem. Ele chegou até a falar em “química excelente” entre eles: “Ele parece um cara muito legal, eu gostei dele e ele gostou de mim”. É importante lembrar que o discurso do presidente dos Estados Unidos sempre é realizado depois do presidente brasileiro, sendo uma tradição da Assembleia Geral da ONU.
Mas era o clássico morde e assopra. Após os elogios, Trump voltou a criticar o processo contra Jair Bolsonaro, acusou o Brasil de “censura e perseguição judicial” e justificou as tarifas de 50% como defesa contra abusos do Judiciário: “Sinto muito em dizer isso, mas o Brasil está indo mal e continuará indo mal. Eles só deverão ir bem trabalhando conosco, sem nós eles falharão como outros falharam”.
Agora, o governo brasileiro avalia os moldes do encontro entre os presidentes, para evitar que Trump use uma reunião para colocar Lula em uma saia justa em público, assim como fez com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, na Casa Branca. Uma possibilidade que muito se cobrava da diplomacia brasileira e dos próprios mandatários finalmente surgiu, e da melhor forma, olho no olho. Entretanto, as dúvidas de quão efetivas podem ser as negociações que serão realizadas nesta reunião pairam sobre a população brasileira.
- Recadinhos
- Vereador por quatro vezes e ex-vice-prefeito de Chapecó, Itamar Agnoletto pode ser o candidato do Progressistas a deputado estadual ou federal. A executiva estadual o vê com bons olhos, enquanto há pressão interna para ele desistir da aposentadoria.
- O irmão mais novo, Cleiton César, atualmente vereador no primeiro mandato, também é bem avaliado para a disputa legislativa no ano que vem.
- Quebrado o monopólio dos shoppings em Chapecó: hoje (24), abre o Pulse Open Mall, no bairro Millenium, com 60 das 120 operações previstas à disposição da população.
- O tour concedido à imprensa pelo empreendimento antes do evento de inauguração na noite de ontem mostra que a intenção do Grupo Vaccaro é de que o Pulse seja mais um centro esportivo e de lazer do que um centro de compras.
