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Quem não assistiu, pelo menos uma vez na vida, o Jogo do Banquinho com o Raul Gil? Então vamos fazer uma analogia do quadro televisivo com a atitude do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que foi divulgado ontem (20) pela assessoria da deputada federal Caroline de Toni (PL), durante a reunião inicial do programa SC Levada a Sério – Prestando Contas, do Governo do Estado, com a presença do governador Jorginho Mello (PL).
Conforme a assessoria da deputada de Toni, João Rodrigues só se sentou à frente com autoridades após a insistência de um secretário de Estado e, ainda, se retirou antes do término, perdendo a oportunidade de presenciar a assinatura da ordem de serviço para a caixa de contenção próxima a ponte do Goio-Ên, obra há muito tempo reclamada pelo prefeito. Ele pegou o banquinho e saiu de mansinho, entretanto, não deixou de cumprimentar e sentar ao lado do governador no tempo em que esteve na Unoesc.
De acordo com Caroline, João Rodrigues não ouviu a prestação de contas dos R$ 158 milhões que foram comprometidos pela Casan em 2024 e 2025 para o sistema de água e esgoto de Chapecó, incluindo os R$ 15,4 milhões destinados apenas para consertar o asfalto que a estatal quebra ao fazer as obras e reparos que a comunidade tanto exige. O release enviado à imprensa não poupou críticas ao prefeito, entretanto, é necessário contextualizar esse momento.
Bastidores
Durante a entrevista que João concedia a mim e ao colega Bruno Reinehr ontem, antes do início do evento, ele foi muito claro em dizer que aceitava se reunir “tete a tete” com o governador Jorginho para discutir as necessidades de Chapecó, e no que ele quer o aporte do Governo do Estado. Nesta fala, ele colocou como prioridade máxima a situação da água e do esgoto. Em um vídeo encaminhado por sua assessoria no final da tarde, a justificativa para a saída antecipada do evento foi compromissos no gabinete da Prefeitura.
A fala de Jorginho Mello, minutos antes, confessando o pecado de que o Projeto Chapecozinho é um ralo de dinheiro que apenas beneficia os pequenos municípios do percurso entre Bom Jesus e Chapecó, apenas mitigando os problemas de abastecimento da maior cidade do Oeste Catarinense, não amenizou as exigências de João Rodrigues, que chegou a elogiar a fala do governador sobre o assunto.
Ainda, a entrevista estava em andamento quando uma funcionária do Governo do Estado interrompeu o prefeito, pedindo para que ele encerrasse a entrevista e fosse imediatamente ao auditório. João Rodrigues respondeu de maneira áspera, mas defensiva ao Grupo Condá de Comunicação, que naquele momento, era o único grupo que ainda estava conversando com João. Um posicionamento correto, que privilegia as origens do prefeito, ou seja, a imprensa local.
Se para João Rodrigues o que já foi feito quanto à água e esgoto pela Casan em Chapecó é insuficiente, isso quer dizer que o plano A da Prefeitura ainda é a municipalização, cujo processo ainda está em compilação de documentos. A equipe de Caroline de Toni teve o faro necessário para colocar ainda mais lenha na fogueira em uma disputa pré-eleitoral que aparenta não ter mais volta atrás.
Recadinhos
- O prefeito de Florianópolis e presidente da Federação Catarinense de Municípios, Topázio Neto (PSD) aproveitou a vinda a Chapecó para ser entrevistado por mim e pelo professor Givanildo Silva.
- Na entrevista, foi tratado sobre o programa de capacitação em Defesa Civil que será facilitado pela federação aos pequenos municípios. Quanto ao resultado da final do Campeonato Catarinense amanhã (22), Topázio afirmou que vai dar Avaí.
- A deputada federal Ana Paula Lima (PT) também esteve na emissora durante a tarde de ontem, na abertura da agenda da vice-líder do Governo Federal na Câmara dos Deputados pelo Oeste Catarinense, e foi entrevistada pelos dois.
- Ela defendeu o PAC, discutiu dois projetos de lei sobre autismo e saúde da mulher que estão em tramitação, e falou sobre a discussão da correção da tabela do Imposto de Renda. Como ela é botafoguense, se absteve de falar do Catarinão.
