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Indignação com o aumento da tarifa de ônibus em Chapecó

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

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Após 14 meses do último reajuste, a tarifa do transporte coletivo em Chapecó aumentou. Desde o dia 3, quem utiliza os ônibus da Auto Viação Chapecó está pagando R$ 4,85 pela passagem. Do final de agosto do ano passado até sábado (2), pagavam R$ 4,55. O aumento para os estudantes foi de 13 centavos: a tarifa subiu de R$ 2,27 para R$ 2,40.

Apesar de o reajuste ser intensamente criticado pela população, cabe ressaltar que o município continua com a menor tarifa de SC para o transporte coletivo em municípios com pelo menos 100 mil habitantes, e que a Auto Viação queria que Chapecó tivesse a tarifa mais cara do Estado, já que propôs à Prefeitura uma tarifa de R$ 7. Expostos os dados, é hora de compilar as reclamações da comunidade, e comentá-las.

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Um dos comentários faz uma sátira àqueles cidadãos que estão colocando a culpa do aumento no presidente Lula (PT). Mas, na verdade, é necessário aqui um mea culpa. A política econômica do Governo Federal aumentou os impostos sobre os combustíveis no período entre um reajuste da tarifa e outro, além de o próprio valor do combustível ter aumentado, e claro, a desvalorização do dólar ajuda no reajuste dos insumos.

Alguns argumentam que a qualidade dos ônibus é péssima. Não é verdade. A frota da Auto Viação é uma das mais novas e tecnológicas de Santa Catarina. Outros estão irritados pelo fato de o aumento ter sido logo após as eleições, que deram uma vitória histórica para o prefeito João Rodrigues (PSD). Eleitores de Pedro Uczai (PT) se manifestaram nas redes sociais, chegando a pedir para que ninguém reclame do aumento, porque não acreditou na proposta de tarifa zero apresentada pela candidatura de esquerda na campanha.

Ponderações mencionaram a disputa de custo-benefício entre chamar um motorista de aplicativo e andar de ônibus. Com cinco a dez minutos de caminhada por dia, pegar o transporte público é muito mais vantajoso ainda. Essa comparação é desnecessária. Inclusive, vários cidadãos acham por bem arredondar a R$ 5 a tarifa do ônibus para facilitar o troco.

Outra grande reclamação é a falta de horários em várias linhas. Diversos usuários reprovaram que a Auto Viação circulasse com horários de feriado no sábado, dia de Finados, e reclamaram de atraso das lotações, apesar das fiscalizações realizadas pela Diretoria de Segurança Pública da Prefeitura durante a sexta-feira (1º).

Além da reclamação da falta de educação de alguns motoristas e da ausência de ar condicionado nos ônibus, uma reclamação merece destaque: o monopólio da Auto Viação Chapecó. O ex-prefeito Luciano Buligon deu vários “presentes de grego” durante a gestão dele, e um deles foi concessionar 100% do sistema de transporte coletivo urbano do município à empresa da família Scopel até 2039. A atual administração não tem o que fazer, pois todas as cláusulas contratuais estão sendo cumpridas pela Auto Viação.

Chapecó, por acaso, não é uma cidade grande o suficiente para ter disputa ou distribuição de lotes para que várias empresas possam prestar o serviço de transporte coletivo urbano? Por que tanto protecionismo com as empresas locais? Será que uma futura competição externa não levaria as companhias do município a fazerem ainda mais pelo passageiro?

Recadinhos
A Feira Desbravalley, evento que ocorreu recentemente, foi um sucesso, terminando na noite de ontem com 24 mil visitantes, superando a meta inicial de 20 mil.
Quero saudar aqui alguns amigos que fizeram parte da feira, começando pelo Vinícius Rosa e pelo Álvaro Maggioni, sócios da Universe 3D, estúdio de visualização em arquitetura responsável pelo projeto arquitetônico da feira.
Também quero saudar o Briann Ziarescki, novo assessor de imprensa da IXC Soft, o Henrique Silvani da 2Say, uma das empresas do Grupo Coonecta, e o Marcelo Klanenberg, da Watts.
Cumprimento também o prof. Dirceu Hermes e a Édina Pedruzzi, da Filó Comunicação, que assessoraram muito bem a feira, e todos os colegas do Grupo Condá que fizeram parte do projeto Podcast Desbravalley. Em 2026, a feira volta!

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