segunda-feira, dezembro 2, 2024
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Guerra na Síria: Aleppo continua sendo Aleppo

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari.


Dedicamos nossa coluna de hoje ao noticiário internacional. Começamos pela guerra civil na Síria que, ao contrário do que muitos pensam, não terminou. Vários grupos antigoverno armados se uniram e tomaram o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, em mais um desdobramento da guerra. Esse é o maior ataque do conflito desde 2016 e mostra que os rebeldes, incluindo grupos terroristas, estão conseguindo se reorganizar para derrubar o regime de Bashar al-Assad.

Segundo a newsletter The News, diante da ofensiva, o governo da Síria recorreu a um de seus maiores parceiros: Vladimir Putin. Jatos russos bombardearam Aleppo na tentativa de retomar a cidade, o que não aconteceu. Aleppo virou símbolo mundial da guerra após a foto de Omran, uma criança que sobreviveu a um ataque aéreo na localidade. Com isso, a ação dos rebeldes não é só um grande golpe para o presidente sírio, mas também para os apoiadores russos e iranianos, que ajudam a Síria com treinamento e equipamento militar.

A guerra civil síria começou depois que Bashar al-Assad reprimiu manifestantes durante protestos pró-democracia em 2011, durante a chamada Primavera Árabe, que depôs entre 2011 e 2012 os presidentes da Tunísia, da Líbia, do Egito e do Iêmen. Desde então, meio milhão de pessoas morreram e quase 7 milhões fugiram do país.

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De acordo com os estudos escatológicos e o contexto geopolítico atual, o cenário só tende a piorar. Qualquer promessa de paz só pode ser considerada se ela for efetivamente cumprida. Um exemplo contrário disso ocorreu com o último cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas na semana passada, que durou apenas três dias, quando originalmente deveria durar por meses.

Dólar e Yuan: a guerra já começou

O projeto de criação de uma tarifa de 100% sobre todos os produtos vindos dos países do BRICS, que inclui o Brasil, está na mesa de Donald Trump e pronto para ser usado já no ano que vem. No entanto, pelo que disse o próximo presidente dos Estados Unidos, a medida só deve entrar em vigor caso os países do bloco de economias emergentes decidam criar uma moeda alternativa ao dólar para negociarem entre si.

Segundo o The News, uma das principais pautas do BRICS tem sido a possibilidade de criar uma nova moeda, não para substituir o dinheiro de cada nação, mas sim como um meio de câmbio alternativo que não dependa do dólar. O próprio Lula já disse que essa é “uma discussão que não pode ser adiada”, e é justamente o Brasil que vai presidir o bloco a partir do ano que vem, pautando as discussões e medidas a serem tomadas.

Caso uma nova moeda seja criada, o BRICS vai fazer um contraponto ainda maior ao G7 e aos interesses dos EUA, ajudando países como Rússia, China e Irã a escapar de sanções americanas. E isso será extremamente prejudicial ao Brasil, que tem os EUA como segundo maior parceiro comercial, prejudicando produtos importantes da economia nacional, a exemplo do aço e de diversos grãos e alimentos. Não é hora de subestimar quem já demonstrou que fará um governo protecionista e nacionalista no país mais rico do mundo.

Recadinhos

  • Segue a campanha “Ajude o Claude” para financiar a reabilitação e o custeio familiar de Claudenir de Morais, que sofreu um acidente de trabalho no dia 5 de novembro, em Chapecó. As doações podem ser feitas pelo site vaka.me/5202451.

  • Ontem (1º), o Amigos OJR se sagrou campeão da Série Prata do Campeonato Municipal de Futebol de Campo de Chapecó na Arena Condá com uma linda festa da torcida composta pelos irmãos e amigos da Igreja Renovar em Cristo.

  • Muitas críticas foram direcionadas ao projeto esportivo da igreja, mas todas foram respondidas à altura. Preconceitos foram vencidos, e a qualidade dos times de futsal, futebol sete e futebol de campo foram demonstradas em jogo. Respeitem!

  • Preocupação na Faesc pelo déficit da safra de milho. A Federação da Agricultura de Santa Catarina reforça a necessidade de investimentos urgentes em ferrovias e em novas políticas de exportação do grão ao exterior.
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