
Ouça a coluna:
O programa Sala de Debates da Condá FM desta segunda-feira (31) recebeu a diretoria do Sindicato das Empresas do Transporte de Carga e Logística de Chapecó (Sitran): Ivalberto Tozzo, presidente; Luiz Alberto Framento, vice-presidente; e o diretor financeiro Marcos Barbieri. Entre os três, uma desconfiança inicial ao anúncio feito pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, na entrevista concedida à emissora no dia 21 de março, durante o programa Primeira Hora, da proposta de estadualização da BR-282 ao DNIT.
Eu falei de imediato: “vai ser difícil, governador”! Qualquer servidor municipal de Chapecó deveria falar isso perante a demora no processo de municipalização do Acesso Plínio Arlindo de Nes, que integra a BR-480, que se arrasta há tempos no departamento federal. Ivalberto afirmou na entrevista de hoje: “não sei quem coloca mais dinheiro nas estradas de Santa Catarina, se é o Governo Federal ou o Governo do Estado”.
Tozzo se posicionou na entrevista a favor da implantação do pedágio para manutenção e qualidade das rodovias. Framento complementou afirmando que, apesar do pedágio na BR-101 ser caro, a economia com combustível e a qualidade da rodovia compensam: “não vejo outra forma no nosso Estado, a exemplo da BR-282, de conseguirmos uma estrada de qualidade”.
Governar para TODOS os brasileiros
Ivalberto lembrou do corte de R$ 400 milhões que o Governo Federal fez no Orçamento 2025, que comentamos na edição da coluna de sexta-feira (28). Nos comentários, um internauta afirmou: “Pra quê investir em um Estado onde o governador só fala mal do presidente? No outro governo não teve um real em investimentos. Agora porque reduz, acham o fim do mundo”.
A resposta é simples: para muitos eleitores, isso é o fim do mundo. Não deveria ser, mas mesmo sendo um Estado oposicionista, Santa Catarina vai cobrar tudo o que tiver de cobrar para Brasília, pela injustiça federativa histórica que sofremos, em que de cada R$ 100 que pagamos em impostos, o Governo Federal apenas devolve R$ 30, conforme dados atualizados do IBGE.
Existe uma obrigação de todo político eleito pelo povo: governar para todos. Não interessa se foi eleito com mais de 70% dos votos em primeiro turno, ou com 51% no segundo turno mais disputado da história das eleições presidenciáveis, como foi o caso de 2022. O eleito governa sobre todos. Cobrar, com respeito, sim e sempre! Isso não é postura de “jornalzinho falido”, como comentaram na sexta-feira, e sim de um jornalismo profissional e da cidadania consciente.
Recadinhos
° Marcos Barbieri afirmou que o caminhoneiro ainda tem grande parcela de responsabilidade nos índices que colocam Santa Catarina como o Estado com o trânsito mais violento do Brasil, em termos proporcionais à população
º A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos anunciou uma investigação contra a Disney e sua emissora ABC, maior rede de TV do mundo, por conta das políticas de diversidade.
º Conforme a newsletter The News, outros canais como CBS e NBC News também são investigados. Em paralelo, empresas francesas com contratos nos EUA, foram notificadas para seguir novas diretrizes que restringem políticas de inclusão.
º A Disney tem uma forte diretriz para aumentar sua diversidade, incluindo uma política que exige que 50% dos personagens de suas produções sejam de grupos sub-representados.