segunda-feira, agosto 4, 2025
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Denúncias de mau atendimento no Hospital da Criança de Chapecó crescem e aparecem

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Grupo Condá de Comunicação

A edição da nossa coluna na sexta-feira (1ª) sobre uma denúncia falsa de alta mortalidade no Hospital da Criança (HC) de Chapecó, e o esclarecimento das autoridades sobre a situação, motivou diversas denúncias de leitores do ClicRDC, de forma pública nos comentários do Facebook, alegando mau atendimento por parte dos médicos. Novamente, a raiva da população cai, majoritariamente, em cima dos médicos residentes, que são chamados erroneamente pelos denunciantes de “aprendizes”.

Uma mãe comentou que aplicaram o soro no seu filho fora da veia: “Ele chorava de dor, eu avisei várias vezes, implorei para trocarem, e só depois de muita insistência uma profissional resolveu olhar com mais atenção. Ele foi furado quatro vezes até que, por sorte, uma enfermeira que realmente parecia saber o que estava fazendo conseguiu acertar a veia, com uma agulha de metal que ficou quatro horas imobilizando o braço dele”.

Esta mãe afirma que o tempo total de atendimento no Hospital da Criança foi de oito horas: “O cenário era de caos: médicos e enfermeiros correndo de um lado para o outro, reclamando da falta de materiais, da qualidade ruim do que tinham em mãos, e o pior, a falta de higiene é alarmante. Lixos, sacos pretos abarrotados nos corredores, sujeira no chão, e só à noite, isso num domingo, apareceu alguém pra fazer a limpeza. Está abandonado, simples assim! Paredes sujas, piso rasgado, placa caindo, é só ir lá ver”.

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A mãe pede para que a comunidade fiscalize o HC: “Vão lá, olhem e me digam se aquele hospital recebe manutenção? Eu mesma tive que colher a urina do meu filho, numa sala improvisada que só tinha uma pia. Sem ajuda, sem estrutura, sem dignidade. E o meu filho ainda teve “sorte”, saiu de lá vivo, está se recuperando. Mas e os outros? E os pais que saem de lá com seus filhos nos braços, frios? Quem responde por isso? (…) Não venham passar pano. Eu estive lá. Eu vi. E hoje eu tenho medo de precisar voltar”.

Outra mãe afirmou que sua filha foi “muito judiada” por um médico e seus residentes no HC: “Minha filha precisou fazer ponto, criança de três anos, teve um trauma enorme. E o médico ensinando os aprendizes, que só sabiam apertar a minha filha e ficar empurrando minha sogra pra sair de perto da criança. Eu até entendo que tem que aprender, mas tem certas situações que não precisava, cinco aprendizes e um médico ‘cavalo’ ainda”.

Uma mulher que se apresenta como uma familiar de uma criança que morreu por uma suposta perfuração no pulmão ocorrida dentro do HC afirma que a nota enviada pelo hospital a esta coluna é uma mentira: “Eles fazem de tudo para tentar omitir os erros médicos que cometem. Mas meus familiares ainda estão enlutados pelo que aconteceu mês passado. Por isso não vou expor toda a situação!”.

Recadinhos
Inicialmente, não iríamos publicar a nota enviada pelo Hospital da Criança à coluna na edição de sexta-feira passada, pois o áudio da ouvinte que relatamos foi exagerado e fora de tom.
No entanto, a conversa que o vereador de Chapecó, Cleiton César (PP) teve com o gerente do HC, Matheus Felipe Wust, me fez mudar de ideia, pelo fato do gerente dar informações divergentes, e ao mesmo tempo tão oficiais quanto as da nota.
Eu citei no texto de hoje apenas três de dezenas de denúncias que chegaram, não apenas pela interação com a coluna, mas também pelas vias de comunicação que as empresas do Grupo Condá possuem com a população.
A impressão que fica é a de que a atitude da Prefeitura de Chapecó, em 2023, de terceirizar a gestão do HC, e em seguida estadualizar a unidade, foi para entregar uma ‘bucha’ ao Governo do Estado, que não está agindo conforme as necessidades.

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